Ingredientes | Toma Diária: 1 cápsula + 1 cápsula Tomas por embalagem: 30 | %VRN |
---|---|---|
Extrato seco de Griffonia simplicifolia, Grifónia | 250 mg | ** |
( 5 HTP) | 50 mg | ** |
Extrato seco de Withania somnifera, Ashwagandha | 100 mg | ** |
Extrato seco de Valeriana officinalis, Valeriana | 80 mg | ** |
Extrato seco de Passiflora incarnata, Passiflora | 47 mg | ** |
Extrato Seco de Silybum marianum, Cardo mariano | 37,5 mg | ** |
SAMe (S-Adenosil metionina) | 25 mg | ** |
Crataegus oxyacantha, Espinheiro Alvar | 20 mg | ** |
Niacina (Vitamina B3) | 16 mg NE | 100%* |
Ácido pantoténico (Vitamina B5) | 6 mg | 100%* |
Vitamina B6 | 1,4 mg | 100%* |
Riboflavina (Vitamina B2) | 1,4 mg | 100%* |
Tiamina (Vitamina B1) | 1,1 mg | 100%* |
Melatonina | 1 mg | ** |
Folato (Ácido Fólico) (Vitamina B9) | 200 μg | 100%* |
Biotina (Vitamina B7) | 50 μg | 100%* |
Vitamina B12 | 2,5 μg | 100%* |
Informações Complementares
Tomar 1 cápsula verde + 1 cápsula branca ao jantar.
Cápsula Verde: Extrato seco de Griffonia simplicifolia, Grifónia, sementes, 20% 5 HTP; Agente de revestimento: Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC); Extrato seco de Withania somnifera, Ashwagandha, raíz, 2,5% Withanolides; Agente de volume: Celulose microcristalina; Extrato Seco de Silybum marianum, Cardo mariano, sementes, 80% Silimarina; SAMe (S-Adenosil-L-Metionina); Crataegus oxyacantha, Espinheiro Alvar, partes aéreas; Antiaglomerantes: Sais de magnésio de ácidos gordos; Dióxido de silício.
Cápsula Branca: Agente de volume: Celulose microcristalina; Agente de revestimento: Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC); Extrato seco de Valeriana officinalis, Valeriana, raíz, 0,2% Ácido valerénico; Extrato seco de Passiflora incarnata, Passiflora, partes aéreas, 2% Flavonóides; Nicotinamida (Niacina); D-pantotenato de cálcio (Ácido pantoténico); Antiaglomerantes: Sais de magnésio de ácidos gordos; Dióxido de silício; Cloridrato de piridoxina (Vitamina B6); Riboflavina; Cloridrato de tiamina (Vitamina B1); Melatonina; Ácido pteroilmonoglutâmico (Folato); D-Biotina; Cianocobalamina.
✔ A biotina contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso;
✔ A niacina contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso;
✔ A riboflavina contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso;
✔ A tiamina contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso;
✔ A vitamina B12 contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso;
✔ A biotina contribui para uma normal função psicológica;
✔ O folato contribui para uma normal função psicológica;
✔ A niacina contribui para uma normal função psicológica;
✔ A vitamina B12 contribui para uma normal função psicológica;
✔ A vitamina B6 contribui para uma normal função psicológica.
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Em caso de gravidez ou amamentação a toma deve ser feita sob indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças.
Apesar de integralmente sustentada em fontes de referência com reconhecido valor e prestígio nacional e internacional, a informação contida nestas páginas não pode ser considerada como exaustiva ou, apesar de todos os esforços de melhoria contínua, isenta de incorrecções inadvertidas. As plantas e seus derivados utilizados na preparação de suplementos alimentares têm efeitos nutricionais, e podem interagir com medicamentos e outros suplementos. A sua inclusão em produtos para consumo humano obriga à prévia determinação de segurança, porém, essa segurança depende de uma utilização responsável. A Spell One e Biovip não assume qualquer responsabilidade por problemas decorrentes da má utilização da informação disponibilizada. Se precisar de aconselhamento específico, deverá recorrer diretamente a um profissional devidamente qualificado.
Principais Ingredientes
A Griffonia simplicifolia é um arbusto comum na África Ocidental e Central. Os seus frutos possuem sementes que podem ser utilizadas como uma fonte de 5-hidroxitriptofano (5-HTP), um percursor direto da serotonina. O 5-HTP é uma substância química produzida no organismo a partir de triptofano, um aminoácido essencial obtido através dos alimentos. Depois do triptofano ser convertido em 5-HTP, este, por sua vez, é convertido em serotonina.
Os suplementos alimentares com 5-HTP ajudam a elevar os níveis de serotonina no cérebro, sendo que a grande vantagem do 5-HTP é que este consegue atravessar a barreira hematoencefálica, exercendo o seu efeito diretamente no SNC. Uma vez que a serotonina ajuda a regular o humor e comportamento, o 5-HTP pode ter um efeito positivo sobre o sono, humor, ansiedade, apetite, e sensação de dor, depressão e fibromialgia.
Bibliografia
1. Rondanelli M, Opizzi A, Faliva M, Bucci M, Perna S. Relationship between the absorption of 5-hydroxytryptophan from an integrated diet, by means of Griffonia simplicifolia extract, and the effect on satiety in overweight females after oral spray administration. Eat Weight Disord. Published online 2012. doi:10.3275/8165
2. Carnevale G, Di Viesti V, Zavatti M, Zanoli P. Anxiolytic-like effect of Griffonia simplicifolia Baill. seed extract in rats. Phytomedicine. 2011;18(10):848-851. doi:10.1016/j.phymed.2011.01.016
3. Carnevale G, Di Viesti V, Zavatti M, Benelli A, Zanoli P. Griffonia simplicifolia negatively affects sexual behavior in female rats. Phytomedicine. 2010;17(12):987-991. doi:10.1016/j.phymed.2010.02.010
A Withania somnifera (Ginseng Indiano) é uma planta medicinal tradicional indiana, também conhecida como Ashwagandha na medicina Ayurveda, com propriedades aliviadoras do stress análogas aos fármacos utilizados para tratar depressão e ansiedade, sendo as suas raízes secas, utilizadas no tratamento de distúrbios nervosos e sexuais.
No sistema ayurvédico, é classificada como Rasayana que significa “tónico”, atuando como rejuvenescedor, defesa contra a doença, retardando o envelhecimento e melhorando a memória.
Possui atividade anti-inflamatória, ansiolítica, antidepressiva, antioxidante, analgésica, antimicrobiana, anticancerosa, diurética, sedativa, antiespasmódica, cardioprotetora, adaptogénica e imunomoduladora.
Os fitoconstituintes presentes nas suas raízes, induzem o crescimento de axónios e dendritos (partes dos neurónios), sugerindo possíveis efeitos na regeneração neuronal, para além dos seus efeitos benéficos em distúrbios neurológicos como stress, ansiedade, depressão, hiperatividade, doença bipolar, etc.
Os seus bioativos incluem alcaloides, lactonas esteroides e saponinas como agentes antisstress e imunomoduladores, com benefícios ainda a nível gástrico, anabólico, resistência física e artrite.
Induz um efeito calmante comparável a benzodiazepinas e efeito antidepressivo também comparável ao induzido por Imipramina, suportando o seu uso como estabilizador de humor em casos de ansiedade e depressão.
O significado literal da palavra Ashwagandha é “cheiro de cavalo” por duas razões – uma delas o facto das raízes frescas emitirem esse odor e a segunda derivada da crença que o consumo dos seus extratos desenvolvem força e vitalidade semelhantes às do animal.
O principal mecanismo responsável pelo seu papel neuroprotetor seria a sua ação antioxidante consideravelmente devida à diminuição ou normalização dos níveis de peroxidação lipídica e aumento ou normalização dos níveis de superóxido dismutase, seguidas de atividade de enzimas catalase e glutationa peroxidase, restaurando ainda os níveis de glutationa (um importante antioxidante).
Produz atividade tipo GABA e melhora os níveis e saúde mitocondrial, o que poderá justificar a sua eficácia como ansiolítico.
Demonstra ainda atividade dopaminérgica e nootrópica, envolvidas na melhoria de memória.
Outros mecanismos propostos incluem inibição da atividade de acetilcolinesterases, aumento da expressão de recetores de acetilcolina e dopamina, inibição de glucocorticoides, aumento da concentração de serotonina e proteção das mitocôndrias.
Demonstrou também valor acrescentado na gestão de peso corporal em indivíduos sob stress crónico, reduzindo o stress e promovendo a perda de peso.
Mais recentemente, tem sido sugerido que os seus efeitos no alívio do stress poderão ocorrer via efeito moderador a nível do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.
Além de ter demonstrado ser útil na fadiga pós-quimioterapia, revelou propriedades inibitórias contra os cancros da mama, cólon, próstata, ovários, pulmões, pele, cabeça e pescoço, entre outros.
Bibliografia
1. Zahiruddin S, Basist P, Parveen A, et al. Ashwagandha in brain disorders: A review of recent developments. J Ethnopharmacol. 2020. doi:10.1016/j.jep.2020.112876
2. Lopresti AL, Smith SJ, Malvi H, Kodgule R, Wane D. An investigation into the stress-relieving and pharmacological actions of an ashwagandha (Withania somnifera) extract. Medicine (Baltimore). 2019:1-9. doi:10.1097/MD.0000000000017186
3. Pingali U, Pilli R, Fatima N. Effect of standardized aqueous extract of Withania somniferaon tests of cognitive and psychomotor performance in healthy human participants. Pharmacognosy Res. 2014;6(1):12-19. doi:10.4103/0974-8490.122912
4. Kuboyama T, Tohda C, Komatsu K. Effects of Ashwagandha (Roots of Withania somnifera) on neurodegenerative diseases. Biol Pharm Bull. 2014;37(6):892-897. doi:10.1248/bpb.b14-00022
5. Choudhary D, Bhattacharyya S, Bose S. Efficacy and Safety of Ashwagandha (Withania somnifera (L.) Dunal) Root Extract in Improving Memory and Cognitive Functions. J Diet Suppl. 2017;14(6):599-612. doi:10.1080/19390211.2017.1284970
6. Sarris J. Herbal medicines in the treatment of psychiatric disorders: 10-year updated review. Phyther Res. 2018:1-16. doi:10.1002/ptr.6055
7. Dar NJ, Hamid A, Ahmad M. Pharmacologic overview of Withania somnifera, the Indian Ginseng. Cell Mol Life Sci. 2015. doi:10.1007/s00018-015-2012-1
8. Kulkarni SK, Dhir A. Withania somnifera: An Indian ginseng. Prog Neuro-Psychopharmacology Biol Psychiatry. 2008:1093-1105. doi:10.1016/j.pnpbp.2007.09.011
9. Mukherjee D, Palit P, Roychoudhury S, Kundu SK, Mandal SC. Role of Stress in Diseases and Its Remedial Approach by Herbal and Natural Products in Stress-Related Disease Management: Experimental Studies and Clinical Reports. In: Natural Products and Drug Discovery: An Integrated Approach. ; 2018:375-410. doi:10.1016/B978-0-08-102081-4.00014-9
10. Singh N, Bhalla M, de Jager P, Gilca M. An overview on Ashwagandha: A Rasayana (Rejuvenator) of Ayurveda. African J Tradit Complement Altern Med. 2011;8(5 SUPPL.):208-213. doi:10.4314/ajtcam.v8i5S.9
11. Wankhede S, Langade D, Joshi K, Sinha SR, Bhattacharyya S. Examining the effect of Withania somnifera supplementation on muscle strength and recovery: A randomized controlled trial. J Int Soc Sports Nutr. 2015:1-11. doi:10.1186/s12970-015-0104-9
12. Chandrasekhar K, Kapoor J, Anishetty S. A prospective, randomized double-blind, placebo-controlled study of safety and efficacy of a high-concentration full-spectrum extract of Ashwagandha root in reducing stress and anxiety in adults. Indian J Psychol Med. 2012;34(3):255-262. doi:10.4103/0253-7176.106022
13. Choudhary B, Shetty A, Langade D. Efficacy of Ashwagandha (Withania somnifera [L.] Dunal) in improving cardiorespiratory endurance in healthy athletic adults. AYU (An Int Q J Res Ayurveda). 2015;36(1):63-68. doi:10.4103/0974-8520.169002
14. Choudhary D, Bhattacharyya S, Joshi K. Body Weight Management in Adults Under Chronic Stress Through Treatment With Ashwagandha Root Extract: A Double-Blind, Randomized, Placebo-Controlled Trial. J Evidence-Based Complement Altern Med. 2016:1-11. doi:10.1177/2156587216641830
15. Deshpande A, Irani N, Balakrishnan R. Study protocol and rationale for a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled study to evaluate the effects of Ashwagandha (Withania somnifera) extract on nonrestorative sleep. Medicine (Baltimore). 2018:1-7.
16. Dutta R, Khalil R, Green R, Mohapatra SS, Mohapatra S. Withania somnifera (Ashwagandha) and withaferin a: Potential in integrative oncology. Int J Mol Sci. 2019:1-19. doi:10.3390/ijms20215310
As raízes de Valeriana (Valeriana officinalis) são utilizadas pela medicina tradicional de várias culturas como sedativo e tranquilizante leve em casos de nervosismo, stress, ansiedade, como relaxante muscular e adjuvante na indução do sono. Entre os seus constituintes, encontram-se óleos essenciais voláteis, ácido valerénico, terpenos e alcaloides. A investigação sobre a sua atividade biológica tem demonstrado um efeito sedativo direto e potenciais interações com neurotransmissores, como o GABA (ácido gama-aminobutírico). É comummente recomendada para o tratamento de insónia ocasional leve, sendo também proposta como tratamento para a ansiedade e síndrome do intestino irritável. O seu uso na indução do sono, como agente sedativo e ansiolítico é milenar, sobretudo pela sua capacidade de relaxamento induzida ao nível do sistema nervoso central, promovendo a sensação de calma, diminuindo os níveis de ansiedade e stress e melhorando a qualidade do sono.
A investigação científica existente, indica que a Valeriana não só reduz a sensação de ansiedade, como consegue atuar na redução da frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica. Estudos clínicos conseguiram demonstrar que a Valeriana é satisfatóriamente eficaz no tratamento de insónia, tanto por reduzir o tempo de latência do sono (induzir o sono), como por melhorar a qualidade do mesmo, sendo a sua ação comparável ao efeito das benzodiazepinas, prescritas para insónia. A utilização deste extrato é útil não só para tratamento, como pode auxiliar no processo de desmame de fármacos “para dormir”, auxiliando à redução da dose farmacológica habitual, sem causar entorpecimento nem adição.
A popularidade da raiz de Valeriana como planta sedativa parece estar a aumentar, especialmente com o crescente stress da vida moderna, estando sobretudo indicada para casos de agitação e distúrbios de indução do sono, relacionados com condições nervosas, que frequentemente resultam em incapacidade de dormir (insónia). Alguma evidência tem ainda surgido, quanto ao uso desta planta em estados depressivos minor, sendo até que alguns estudos revelam que a sua utilização conjunta com hipericão, contribui para a melhoria de quadros depressivos, tremores leves, epilepsia, défice de atenção e hiperatividade (ADHD), síndrome da fadiga crónica e outras condições ligadas à ansiedade e stress psicológico, incluindo asma nervosa, estados de histeria, hiperexcitabilidade, hipocondria, cefaleias, enxaquecas e distúrbios gastrointestinais.
Bibliografia
1. Domínguez F, González-Trujano E, Gallardo JM, et al. Antidepressant medicinal plants and compounds used in traditional medicines in North America. Herbal Medicine in Depression: Traditional Medicine to Innovative Drug Delivery. 2016:381-430.
2. Hritcu L, Cioanca O. Prevalence of use of herbal medicines and complementary and alternative medicine in Europe. Herbal Medicine in Depression: Traditional Medicine to Innovative Drug Delivery. 2016:135-180.
3. Hamer M, Owen G, Kloek J. The role of functional foods in the psychobiology of health and disease. Nutr Res Rev. 2005;18(1):77-88.
4. Cass H. Herbs for the nervous system: Ginkgo, kava, valerian, passionflower. Semin Integr Med. 2004;2(2):82-88.
A Passiflora (Passiflora incarnata L.) vulgarmente conhecida como flor-da-paixão é uma espécie da família Passifloraceae. A palavra Passiflora vem da palavra latina passio porque os conquistadores em 1529 descreveram as suas flores com símbolos da paixão de Cristo. Originária da América do Norte é também cultivada na Europa, Ásia, África e Austrália, como planta ornamental e medicinal, bastante usada na fitoterapia contemporânea ocidental. Tradicionalmente usada como coadjuvante no tratamento da ansiedade e insónia, devido às suas propriedades calmantes e sedativas.
Os constituintes químicos das partes aéreas contêm flavonoides como a luteolina, vitexina, isovitexina, apigenina, orientina, quercetina, crisina, benzoflavona e campferol; aminoácidos como o GABA e alcaloides, estimulantes e inibidores da monoaminoxidase.
A Passiflora parece atuar através do aumento dos níveis de GABA no cérebro, reduzindo a atividade de algumas células cerebrais, aportando um efeito relaxante.
Na medicina tradicional europeia, tem sido prescrita com várias indicações como ansiedade, nervosismo, obstipação, dispepsia, infeções menores e insónia.
As propriedades terapêuticas da Passiflora têm sido associadas ao tratamento de manifestações psicossomáticas e transtornos nervosos, distúrbios de sono, palpitações, batimento cardíaco irregular, fibromialgia, alívio de espasmos musculares e controlo da dor. Para além de controlo de convulsões, sintomas de menopausa, défice de atenção e hiperatividade (ADHD) e hipertensão.
Em estudos utilizando modelos animais, a Passiflora demonstrou permitir uma redução da atividade motora espontânea e prolongamento do tempo de sono, assim como demonstrou ter capacidades sedativas, combate à irritabilidade e dificuldades em dormir.
A sua atividade farmacológica resulta da ação sinérgica dos seus constituintes, especialmente os flavonoides (vitexina) e os alcaloides, com função sedativa sobre o sistema nervoso central. É muito usada na regulação do sono, induzindo sono semelhante ao fisiológico, proporcionando qualidade do sono e descanso. Foi demonstrado que alguns flavonoides presentes nesta planta são agonistas parciais dos recetores da benzodiazepina, ou seja ligam-se aos recetores da benzodiapezina no cérebro, explicando a ação sedativa desta planta.
A suplementação com Passiflora é possivelmente segura quando tomada a curto prazo (< 2 meses) e possivelmente insegura quando tomada oralmente em grandes quantidades, estando os seus efeitos ansiolíticos bem documentados. Alguns estudos têm revelado que a Passiflora tem efeitos comparáveis aos das benzodiazepinas (medicamentos ansiolíticos), não causando dependência.
Bibliografia
1. Grundmann O, Wang J, McGregor GP, Butterweck V. Anxiolytic activity of a phytochemically characterized Passiflora incarnata extract is mediated via the GABAergic system. Planta Med. 2008. doi:10.1055/s-0028-1088322
2. Grosso C. Herbal medicine in depression: Traditional medicine to innovative drug delivery. In: Herbal Medicine in Depression: Traditional Medicine to Innovative Drug Delivery. ; 2016:381-431. doi:10.1007/978-3-319-14021-6
3. Yeung KS, Hernandez M, Mao JJ, Haviland I, Gubili J. Herbal medicine for depression and anxiety: A systematic review with assessment of potential psycho-oncologic relevance. Phyther Res. 2018;32:865-891. doi:10.1002/ptr.6033
4. Domínguez F, González-Trujano E, Gallardo JM, Orozco-Suárez S. Antidepressant medicinal plants and compounds used in traditional medicines in North America. In: Herbal Medicine in Depression: Traditional Medicine to Innovative Drug Delivery. ; 2016:381-430. doi:10.1007/978-3-319-14021-6_8
5. Soulimani R, Younos C, Jarmouni S, Bousta D, Misslin R, Mortier F. Behavioural effects of Passiflora incarnata L. and its indole alkaloid and flavonoid derivatives and maltol the mouse. J Ethnopharmacol. 1997;57(1):11-20. doi:10.1016/S0378-8741(97)00042-1
6. Sarris J, Panossian A, Schweitzer I, Stough C, Scholey A. Herbal medicine for depression, anxiety and insomnia: A review of psychopharmacology and clinical evidence. Eur Neuropsychopharmacol. 2011;21:841-860. doi:10.1016/j.euroneuro.2011.04.002
O Cardo Mariano, cujo nome científico é Silybum marianum, é uma das plantas mais estudadas no tratamento de doenças hepáticas. Tem um uso tradicional como alimento, tónico, galactogogo e em afeções endócrinas, digestivas e depressão.
Os principais compostos bioativos do Cardo Mariano são três flavonoides isómeros naturais, conhecidos no seu conjunto como Silimarina, e que estão concentrados sobretudo no fruto e nas sementes desta planta. A Silimarina atua como um antioxidante, ao reduzir a produção de radicais livres e a peroxidação lipídica, possui atividade antifibrótica e inibe a ligação de toxinas aos recetores membranares dos hepatócitos, atuando como um protetor hepático e um desintoxicante natural. As suas propriedades regeneradoras hepáticas devem-se à sua capacidade de induzir o aumento da síntese proteica nos hepatócitos, além de diminuir os níveis de malondialdeído (MDA) e aumentar significativamente a atividade antioxidante da glutationa (GSH).
A silimarina tem sido muito utilizada no tratamento de distúrbios da vesícula biliar (colerético), doença hepática, cirrose, icterícia, hepatites virais agudas e crónicas e doenças hepáticas induzidas por toxinas. Para além disto, beneficia o sistema nervoso com efeitos neuroprotetores via mecanismos antioxidantes e anti-inflamatórios, bem como potencial antidepressivo.
As suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e pró-apoptóticas têm-se revelado muito úteis ao nível da cardio, neuro e hepatoproteção.
Tem vindo a demonstrar propriedades benéficas na proteção renal, capacidade hipolipemiante, atividade anti-aterosclerótica, e revelou-se útil na prevenção da resistência à insulina, especialmente em doentes cirróticos e oncológicos.
Bibliografia
1. Camini FC, Costa DC. Silymarin: not just another antioxidant. J Basic Clin Physiol Pharmacol. 2020:1-12. doi:10.1515/jbcpp-2019-0206
2. Neha, Jaggi AS, Singh N. Silymarin and Its Role in Chronic Diseases. In: S.C. Gupta et al., ed. Drug Discovery from Mother Nature. Springer International Publishing Switzerland 2016; 2016:25-44. doi:10.1007/978-3-319-41342-6
3. Greenlee H, Abascal K, Yarnell E, Ladas E. Clinical applications of Silybum marianum in oncology. Integr Cancer Ther. 2007;6(2):158-165. doi:10.1177/1534735407301727
4. Shaker E, Mahmoud H, Mnaa S. Silymarin, the antioxidant component and Silybum marianum extracts prevent liver damage. Food Chem Toxicol. 2010;48:803-806. doi:10.1016/j.fct.2009.12.011
5. Abenavoli L, Capasso R, Milic N, Capasso F. Milk thistle in liver diseases: Past, present, future. Phyther Res. 2010;24:1423-1432. doi:10.1002/ptr.3207
6. Vargas-Mendoza N, Madrigal-Santillán E, Morales-González Á, et al. Hepatoprotective effect of silymarin. World J Hepatol. 2014;6(3):144-149. doi:10.4254/wjh.v6.i3.144
7. Milić N, Milošević N, Suvajdžič L, Žarkov M, Abenavoli L. New therapeutic potentials of Milk thistle (Silybum marianum). Nat Prod Commun. 2013;8(12):1801-1810. doi:10.1177/1934578×1300801236
8. Bahmani M, Shirzad H, Rafieian S, Rafieian-Kopaei M. Silybum marianum: Beyond Hepatoprotection. J Evidence-Based Complement Altern Med. 2015;20(4):292-301. doi:10.1177/2156587215571116
O Espinheiro Alvar, é uma planta medicinal que cresce normalmente no norte de África, Europa, Ásia e norte da América, conhecida pelo seu potencial antioxidante e atividade anticolinesterase, bem como cardiotónico e cardioprotetor, diurético, hipotensor, antidislipidémico, antihiperglicémico, antimutagénio, imunomodulador e ansiolítico.
Tradicionalmente é usada no tratamento de hipertensão, angina, arritmia, asma, dislipidemia, indigestão, ansiedade (sedativo) e fadiga.
O seu nome deriva da palavra grega kratos que significa força, numa possível referência aos seus benefícios, tendo vindo a ser utilizado em problemas do sistema nervoso.
Contém vários fitoquímicos como rutina, quercetina e ácido cafeico, cujas atividades biológicas têm demonstrado promover saúde, devido aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.
Este extrato tem um papel ativo no tratamento de doenças cardíacas, distúrbios circulatórios e respiratórios. Os principais flavonoides presentes neste extrato têm atividade estabilizadora do ritmo cardíaco.
Tradicionalmente, as bagas são usadas para tratar problemas como batimento cardíaco irregular, dor no peito e pressão arterial desregulada.
Estudos indicam que o extrato de Espinheiro Alvar aumenta a contratilidade do miocárdio, sendo utilizado para a melhoria dos sintomas clínicos de insuficiência cardíaca, palpitações e problemas respiratórios.
Em suma, evidência científica atual mostra o potencial desta planta como agente fitoterápico coadjuvante no tratamento convencional da doença coronariana.
As suas folhas têm, ainda, demonstrado efeito antimicrobiano devido ao seu elevado conteúdo em flavonoides e compostos fenólicos, podendo, por isso, ser efetivas no tratamento de infeções por Staphylococcus, como dermatites.
Bibliografia
1. Ali M, Muhammad S, Shah MR, et al. Neurologically potent molecules from Crataegus oxyacantha; isolation, anticholinesterase inhibition, and molecular docking. Front Pharmacol. 2017;8:1-11. doi:10.3389/fphar.2017.00327
2. Orhan IE. Phytochemical and Pharmacological Activity Profile of Crataegus oxyacantha L. (Hawthorn) – A Cardiotonic Herb. Curr Med Chem. 2018;25(37):4854-4865. doi:10.2174/0929867323666160919095519
3. Hamza AA, Lashin FM, Gamel M, Hassanin SO, Abdalla Y, Amin A. Hawthorn herbal preparation from crataegus oxyacantha attenuates in vivo carbon tetrachloride-induced hepatic fibrosis via modulating oxidative stress and inflammation. Antioxidants. 2020. doi:10.3390/antiox9121173
4. Attard E, Attard H. Hawthorn: Crataegus Oxyacantha, Crataegus Monogyna and Related Species. Elsevier Inc.; 2018. doi:10.1016/B978-0-12-812491-8.00041-2
5. Wu M, Liu L, Xing Y, Yang S, Li H, Cao Y. Roles and Mechanisms of Hawthorn and Its Extracts on Atherosclerosis: A Review. Front Pharmacol. 2020. doi:10.3389/fphar.2020.00118
6. Zeouk I, Balouiri M, Bekhti K. Antistaphylococcal Activity and Phytochemical Analysis of Crude Extracts of Five Medicinal Plants Used in the Center of Morocco against Dermatitis. Int J Microbiol. 2019. doi:10.1155/2019/1803102
A Niacina refere-se a nicotinamida, ácido nicotínico e derivados que exibem atividade biológica da nicotinamida, e é essencial para a formação de coenzimas (NAD, NADP) com funções indispensáveis nas reações de oxidação-redução envolvidas no catabolismo de glicose, ácidos gordos, corpos cetónicos e aminoácidos.
Considerada a principal vitamina B na saúde humana, fontes importantes incluem carnes, farinhas, ovos e leite. Sendo que a Niacina contribui para o normal metabolismo produtor de energia, o seu papel no metabolismo contribui para a redução do cansaço e da fadiga, desempenhando ainda um papel importante para a manutenção de uma pele e mucosas normais.
A carência de Vitamina B3 resulta numa condição denominada de pelarga que engloba uma tríade de sintomatologia incluindo demência, diarreia e dermatite, podendo mesmo resultar em morte. Pode estar, ainda, associada ao aparecimento de episódios depressivos. Apesar desta condição ser pouco comum nos dias de hoje, determinadas populações de risco podem sofrer de carência nesta vitamina, o que se pode dever a condições genéticas, alcoolismo, mal absorção intestinal, interação com determinados medicamentos ou baixo consumo de fontes alimentares que a contenham.
É ainda necessária para a respiração celular e libertação de energia, circulação adequada, manutenção de uma pele saudável, funcionamento do sistema nervoso e função psicológica e normal secreção de bílis e fluidos estomacais. Utilizada também no tratamento de pelagra, esquizofrenia e outros distúrbios mentais, como intensificador de memória e melhoria do perfil lipídico, no tratamento de doenças cardiovasculares.
Bibliografia
1. Conze DB, Crespo-Barreto J, Kruger CL. Safety assessment of nicotinamide riboside, a form of Vitamin B3. Hum Exp Toxicol. 2016:1-12. doi:10.1177/0960327115626254
2. Bhalla TC, Savitri. Vitamin B3, Niacin. In: Industrial Biotechnology of Vitamins, Biopigments, and Antioxidants. ; 2016. doi:10.1002/9783527681754.ch3
3. Badawy AAB. Pellagra and alcoholism: A biochemical perspective. Alcohol Alcohol. 2014. doi:10.1093/alcalc/agu010
O Ácido Pantoténico (vitamina B5) é uma vitamina do complexo B, precursor da coenzima A, cujo nome é derivado da palavra grega pantothen que significa “de todo o lado”.
É um nutriente essencial necessário na síntese de acetilcolina e melatonina, ácidos gordos e produção de energia, além de ser essencial à normal função epitelial que integra a constituição da pele e cabelo.
Deve ser obtido através da ingestão de alimentos como abacate, iogurte, cogumelos, ovos, carne, cereais integrais, legumes e vegetais.
Fatores como stress, gravidez e elevado consumo de alimentos processados podem levar a carência deste nutriente essencial. Apesar de rara, a sua carência pode levar a sintomas não específicos e semelhantes aos da carência de outras vitaminas do complexo B, como fadiga, irritabilidade, apatia, mal-estar geral, náuseas e cólicas abdominais, podendo ainda causar dermatites.
Esta vitamina é utilizada há largos anos na proteção e regeneração da pele e foi comprovado que regula a função de barreira epidérmica através do controlo da proliferação e diferenciação de queratinócitos.
Para além disto, tem uma ação hidratante, permitindo repor e manter os níveis ótimos de hidratação, diminuir a vermelhidão e atuar como um lubrificante na superfície cutânea e como regenerador, o que confere uma aparência suave à pele. Também melhora a força e flexibilidade do cabelo e unhas.
O Ácido Pantoténico contribui na síntese e metabolismo das hormonas esteroides, da vitamina D e de neurotransmissores, contribuindo para o bom desempenho mental, para além de contribuir para o normal metabolismo de energia e, consequentemente, para a redução do cansaço e da fadiga. Parece ter, ainda, capacidade de melhorar episódios de ansiedade, stress e depressão.
Bibliografia
1. Camargo FB, Gaspar LR, Campos PMBGM. Skin moisturizing effects of panthenol-based formulations. J Cosmet Sci. 2011.
2. Chawla J, Kvarnberg D. Hydrosoluble vitamins. In: Handbook of Clinical Neurology. ; 2014. doi:10.1016/B978-0-7020-4087-0.00059-0
3. Kobayashi D, Kusama M, Onda M, Nakahata N. The effect of pantothenic acid deficiency on keratinocyte proliferation and the synthesis of keratinocyte growth factor and collagen in fibroblasts. J Pharmacol Sci. 2011. doi:10.1254/jphs.10224SC
4. Haneke E, Baran R. Micronutrients for hair and nails. In: Nutrition for Healthy Skin: Strategies for Clinical and Cosmetic Practice. ; 2011. doi:10.1007/978-3-642-12264-4_14
A Vitamina B6 (Piridoxina) é há muito considerada um cofator enzimático de relevo na síntese de neurotransmissores (triptofano), mantendo em bom estado a função cerebral. Para além de ser essencial na formação de serotonina e norepinefrina, de grande influência no humor, e para a formação de melatonina, que ajuda na regulação do ciclo do sono.
Mais recentemente, é considerada também um poderoso antioxidante de elevada importância para o bem-estar das células, protegendo-as contra o stress oxidativo.
Esta vitamina contribui para a regulação da atividade hormonal e formação normal de glóbulos vermelhos, para a síntese da cisteína e da homocisteína e para o adequado funcionamento do sistema imunitário, nervoso e função cognitiva.
Para além de ser importante no desenvolvimento e manutenção da pele, estando também presente em vários produtos para o cabelo e unhas, tendo demonstrado melhorias na aparência dos mesmos.
Esta vitamina intervém no normal metabolismo de proteínas, glicogénio e na produção de energia, contribuindo para a redução do cansaço e da fadiga.
Pode ser obtida da carne, lacticínios, feijões, frutos secos, batatas e variadas frutas e legumes. Por isso, a sua carência é rara em países desenvolvidos, contudo poderá ocorrer em utilizadoras de contracetivos orais e outros fármacos, fumadores, alcoólicos, celíacos ou diabéticos.
Baixos níveis de Vitamina B6 estão associados a aumento do risco de doença cardiovascular e cancro, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal. Estudos publicados demonstram que a inflamação e doenças inflamatórias estão associadas a reduções dos níveis plasmáticos desta vitamina até 50% e que a suplementação melhora parâmetros imunológicos.
O aporte adequado de Vitamina B6 contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso e função psicológica, para o sistema imunitário, para a regulação da atividade hormonal e síntese normal da cisteína e da homocisteína. Para além disso, tendo um papel relevante no metabolismo produtor de energia e para a formação de glóbulos vermelhos. A Vitamina B6 contribui para a redução do cansaço e da fadiga e para a manutenção do cabelo, pele e unhas normais.
Bibliografia:
1. Mooney S, Leuendorf JE, Hendrickson C, Hellmann H. Vitamin B6: A long known compound of surprising complexity. Molecules. 2009;14:329-351. doi:10.3390/molecules14010329
2. Haneke E, Baran R. Micronutrients for hair and nails. In: Nutrition for Healthy Skin: Strategies for Clinical and Cosmetic Practice. ; 2011. doi:10.1007/978-3-642-12264-4_14
3. Coburn SP, Slominski A, Mahuren JD, Wortsman J, Hessle L, Millan JL. Cutaneous metabolism of vitamin B-6. J Invest Dermatol. 2003. doi:10.1046/j.1523-1747.2003.12034.x
4. Ueland PM, McCann A, Midttun Ø, Ulvik A. Inflammation, vitamin B6 and related pathways. Mol Aspects Med. 2017;53:10-27. doi:10.1016/j.mam.2016.08.001
A Riboflavina é um nutriente essencial, atuando como coenzima em diversas funções, nomeadamente no metabolismo produtor de energia, para além da sua capacidade de proteção antioxidante.
Pode ser encontrada em ovos, lacticínios, carne magra e vegetais verdes.
A sua carência é mais prevalente em países subdesenvolvidos, contudo, atletas, pessoas com cancro, doença cardíaca congénita, hipotiroidismo, gravidez/amamentação, idade avançada, alimentação vegetariana, doença hepática ou renal, infeções prolongadas, medicação com determinados antidepressivos (tricíclicos) e antibióticos (tetracíclicos) ou consumo excessivo de álcool, têm maior risco de carência. O défice em Vitamina B2 tem implicações na eficácia de outras vitaminas, pois as flavoenzimas estão diretamente ligadas ao seu metabolismo, nomeadamente da vitamina B12, B9, B3, B6, K e D, afetando ainda a absorção de Ferro, o metabolismo do triptofano, disfunção mitocondrial, do trato gastrointestinal e cerebral.
Consequências incluem: dor de garganta, hiperemia, edema oral e das membranas mucosas, queda de cabelo, cataratas, enxaqueca, anemia, dermatite seborreica e comprometimento da função nervosa.
A vitamina B2 atua como antioxidante contra o stress oxidativo, especialmente contra a peroxidação lipídica e lesão oxidativa de reperfusão, podendo atuar no ciclo da glutationa ou outros mecanismos de reforço do efeito de outros antioxidantes, como a vitamina C.
Existe, ainda, interesse no papel que a Riboflavina desempenha na determinação das concentrações de homocisteína, fator de risco de comprometimento cognitivo, complicações de gravidez e doença cardiovascular, sugerindo os estudos que esta poderá inibir a progressão de AVC e proteger o tecido cerebral de lesões isquémicas.
Quando necessária, a sua suplementação com 5 a 10 vezes a dose diária recomendada é apropriada, não devendo, no entanto, ser prolongada por potencial fotorreativo.
O aporte adequado de Riboflavina contribui para a manutenção de visão, pele, mucosas e glóbulos vermelhos normais, bem como para o bom funcionamento do sistema nervoso e redução do cansaço e da fadiga 1–4.
Bibliografia:
1. Ashoori M, Saedisomeolia A. Riboflavin (vitamin B2) and oxidative stress: A review. Br J Nutr. 2014;111:1985-1991. doi:10.1017/S0007114514000178
2. Powers HJ. Riboflavin (vitamin B-2) and health. Am J Clin Nutr. 2003;77:1352-1360. doi:10.1093/ajcn/77.6.1352
3. Thakur K, Tomar SK, Singh AK, Mandal S, Arora S. Riboflavin and health: A review of recent human research. Crit Rev Food Sci Nutr. 2017;57(17):3650-3660. doi:10.1080/10408398.2016.1145104
4. Bosch AM. Riboflavin. In: Principles of Nutrigenetics and Nutrigenomics: Fundamentals of Individualized Nutrition. ; 2019. doi:10.1016/B978-0-12-804572-5.00037-9
A Vitamina B1 ou Tiamina é uma vitamina hidrossolúvel e a sua forma biologicamente ativa, tiamina pirofosfato, é cofator no metabolismo de macronutrientes. Nomeadamente na glicólise e descarboxilação oxidativa dos hidratos de carbono para a normal produção de energia.
Para além disso, esta vitamina, é importante para o adequado funcionamento do sistema nervoso, função cognitiva e cardiovascular. Desempenha importantes funções na função e estrutura dos nervos, intervindo na síntese de mielina e em vários tipos de neurotransmissores, como a acetilcolina e o GABA, atuando como coenzima do sistema nervoso e no metabolismo cerebral – doenças neurodegenerativas, diabetes, distúrbios alimentares e cancro.
Considera-se que a função mais importante da Vitamina B1 é a sua ampla contribuição para o metabolismo energético, como cofator essencial à conversão de hidratos de carbono em glicose, ajudando a fornecer energia às células nervosas, que são as células que mais energia consomem.
Sintomas frequentes da deficiência em B1 incluem beribéri – uma síndrome que compromete o sistema nervoso periférico, a desnutrição, a insuficiência cardíaca, a acidose láctica, a neuropatia periférica, a ataxia e alterações oculares, progredindo para distúrbios e perda de memória e/ou psicose.
Sinais desta síndrome também se revelam ao nível do cabelo, que se torna mais fino e também alterações ungueais, que melhoram substancialmente com a suplementação desta vitamina, pelo que está presente em diversos produtos para cabelo e unhas.
Esta vitamina é encontrada naturalmente em alimentos como a carne de porco e vaca, espinafres, pão e cereais integrais ou frutos secos7, sendo que um adulto consegue armazenar cerca de 30 g no tecido muscular, fígado e rins.
Também pode ser produzida pela microflora do intestino delgado, órgão responsável pela sua absorção. Daí que algumas situações que afetam o trato gastrointestinal possam acarretar risco de deficiência em B1, tal como alcoolismo, VIH ou cirurgia bariátrica.
Para além disto, outras situações de risco para a sua deficiência incluem desnutrição que poderá ser devida a reduzida ingestão, perda aumentada ou comprometimento da sua absorção, que poderão existir em cenários clínicos como insuficiência cardíaca, renal ou inanição.
A deficiência de Tiamina também pode ocorrer em pessoas com obesidade, pela má qualidade da alimentação, consumo excessivo de alimentos açucarados e/ou consumo inadequado de cereais integrais e legumes. Daí que um reforço dos níveis de Tiamina possa ser útil no tratamento de pessoas com excesso de peso.
Em súmula, o aporte adequado de Tiamina contribui para o normal metabolismo produtor de energia, para o funcionamento do sistema nervoso, função cognitiva e memória. Tem a capacidade de fortalecer o sistema imunológico e melhorar a capacidade do corpo para resistir a condições de stress.
Bibliografia:
1. Frank LL. Thiamin in Clinical Practice. J Parenter Enter Nutr. 2015. doi:10.1177/0148607114565245
2. Carpenter KJ. The discovery of thiamin. Ann Nutr Metab. 2012. doi:10.1159/000343109
3. Lonsdale D. Thiamin. In: Advances in Food and Nutrition Research. ; 2018. doi:10.1016/bs.afnr.2017.11.001
4. Manzetti S, Zhang J, Van Der Spoel D. Thiamin function, metabolism, uptake, and transport. Biochemistry. 2014. doi:10.1021/bi401618y
5. Collie JTB, Greaves RF, Jones OAH, Lam Q, Eastwood GM, Bellomo R. Vitamin B1 in critically ill patients: Needs and challenges. Clin Chem Lab Med. 2017. doi:10.1515/cclm-2017-0054
6. Haneke E, Baran R. Micronutrients for hair and nails. In: Nutrition for Healthy Skin: Strategies for Clinical and Cosmetic Practice. ; 2011. doi:10.1007/978-3-642-12264-4_14
7. Chawla J, Kvarnberg D. Hydrosoluble vitamins. In: Handbook of Clinical Neurology. ; 2014:896-914. doi:10.1016/B978-0-7020-4087-0.00059-0
8. Frank LL. Thiamin in Clinical Practice. J Parenter Enter Nutr. 2015. doi:10.1177/0148607114565245
9. Kerns JC, Arundel C, Chawla LS. Thiamin De fi ciency in People with Obesity. Adv Nutr. 2015;6:147-153. doi:10.3945/an.114.007526.
A Melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal do cérebro, que possui como principal função regular o ciclo circadiano, estimulando o sono ao final do dia. Além disso, a melatonina promove também o bom funcionamento do organismo e atua como antioxidante.
A produção de melatonina acontece especialmente no fim do dia, quando já não existem estímulos luminosos e o metabolismo está mais lento, o que faz com que a sua produção aconteça principalmente à noite. Por isso, na hora de dormir, é importante evitar a luminosidade, estímulos sonoros ou aromáticos que possam acelerar o metabolismo e diminuir a produção de melatonina.
Geralmente, a produção de melatonina diminui com o envelhecimento e é, por isso, que os distúrbios de sono são mais frequentes em adultos ou idosos. Apesar de ser naturalmente produzido pelo organismo, é possível também obter a melatonina através de suplementos alimentares.
Vários estudos demonstram que a melatonina contribui para uma melhor qualidade do sono e ajuda a tratar a insônia, por aumentar o tempo total de sono, e diminuir o tempo necessário para adormecer em crianças e adultos.
Devido ao seu efeito antioxidante, foi demonstrado que a melatonina contribui para o fortalecimento do sistema imune, ajudando a prevenir diversas doenças, especialmente infecções por vírus.
Devido ao seu efeito antioxidante, foi demonstrado que a melatonina contribui para o fortalecimento do sistema imune, ajudando a prevenir diversas doenças, especialmente infecções por vírus.
O transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão que acontece durante o período de inverno e que provoca sintomas como tristeza, sono em excesso, aumento do apetite e dificuldade de concentração.
Este transtorno ocorre com mais frequência em pessoas que vivem em regiões em que o inverno dura muito tempo, e está associado à diminuição de substâncias do corpo ligadas ao humor e ao sono, como a serotonina e a melatonina.
Nestes casos, a ingestão de melatonina pode ajudar a regular o ritmo circadiano e a melhorar os sintomas da depressão sazonal.
Bibliografia:
1. Tordiman S; Chokron S, et al. Melatonin: Pharmacology, Functions and Therapeutic Benefits. Current Neuropharmacology. 15. 3; 434-443, 2017.
2. Amaral, F. G. D.; Cipolla-Neto, J. A brief review about melatonin, a pineal hormone. Arch Endocrinol Metab. 62. 4; 472-479, 2018.
3. Zawilska, J. B.; Skene, D. J.; Arendt, J. Physiology and pharmacology of melatonin in relation to biological rhythms. Pharmacol Rep. 61. 3; 383-410, 2009.
4. Bhattacharya, S.; et al. Melatonin and its ubiquitous anticancer effects. Mol Cell Biochem. 462. 1-2; 133-155, 2019.
5. Cipolla-Neto, J; Amaral, F. G. D. Melatonin as a Hormone: New Physiological and Clinical Insights. Endocr Rev. 39. 6; 990-1028, 2018.
6. Li, Ya; et al. Melatonin for the prevention and treatment of cancer. Oncotarget. 8. 24; 39896–39921, 2017.
7. Claustrat, B.; Leston, J. Melatonin: Physiological effects in humans. Neurochirurgie. 61. 2-3; 77-84, 2015.
8. Sweis, Dimah. The Uses of Melatonin . Arch Dis Child Educ Pract. 90. 74-77, 2005.
O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel importante para diversas funções do organismo, como manter a saúde do cérebro, evitar doenças cardiovasculares, prevenir a anemia, participar da formação do sistema nervoso do bebê.
O ácido fólico, também conhecido como folato ou vitamina B9, é encontrado em diversos alimentos como espinafre, feijão, fígado de boi e levedura de cerveja. Além disso, o ácido fólico também pode ser obtido na forma de suplementos alimentares.
A deficiência de ácido fólico pode provocar sintomas como perda do apetite, diarreia e queda de cabelo. Além disso, a carência dessa vitamina também pode causar problemas durante a gravidez, como hipertensão e parto prematuro.
O ácido fólico mantém a saúde do cérebro, ajudando a prevenir problemas como depressão, demência e Alzheimer, porque participa da formação de dopamina e norepinefrina, neurotransmissores que ajudam a melhorar a memória, a concentração e a motivação.
É fundamental, principalmente no início da gravidez, pois participa da formação do sistema nervoso do bebê e previne o aparecimento de problemas, como fenda palatina, espinha bífida, que é uma falha na coluna vertebral e na medula espinhal da criança.
Pode ajudar a evitar doenças cardiovasculares, porque parece diminuir os níveis de homocisteína no organismo, um aminoácido que, quando está elevado, está pode causar alterações nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares como AVC, aterosclerose ou infarto.
Participa da formação das hemácias no sangue, células que têm como função o transporte de oxigênio pelo corpo e que, quando estão alteradas provocam uma diminuição dos glóbulos vermelhos e causa anemia.
Bibliografia:
1. Chitayat D, Matsui D, Amitai Y, Kennedy D, Vohra S, Rieder M, et al. Folic acid supplementation for pregnant women and those planning pregnancy: 2015 update. J Clin Pharmacol. 2016;56(2):170–175.
2. Cawley S, Mullaney L, McKeating A, Farren M, McCartney D, Turner MJ. An analysis of folic acid supplementation in women presenting for antenatal care. J Public Health (Oxf) 2016;38(1):122–129.
3. Bixenstine PJ, Cheng TL, Cheng D, Connor KA, Mistry KB. Association between preconception counseling and folic acid supplementation before pregnancy and reasons for non-use. Matern Child Health J. 2015;19(9):1974–1984.
4. Hibbard ED, Smithells RW. Folic acid metabolism and human embryopathy. Lancet 1965; 1: 1254.
A biotina, também conhecida por vitamina H ou vitamina B7, é uma vitamina hidrossolúvel essencial para o bom funcionamento do corpo, já que está relacionada com a produção de glicogênio e de proteínas, sendo importante para manter a saúde da pele e dos cabelos, garantir a energia nas células e manter a produção de proteínas.
Permite garantir a energia nas células, já que é essencial para a produção de glicogênio, o que também ajuda a regular os níveis de glicose circulantes no sangue e, consequentemente, prevenir ou controlar a diabetes.
Ajuda a manter a produção adequada de proteínas, pois auxilia na formação de aminoácidos, que são as unidades formadoras de proteínas.
Fortalece as unhas e os cabelos, já que garante a formação de proteínas que são essenciais para a saúde de unhas e cabelos e promove a saúde da pele, pois além de favorecer a hidratação garante a formação de colágeno e queratina pelo organismo, que é uma proteína fundamental para garantir a elasticidade e resistência da pele.
Consegue aumentar a reabsorção no intestino e uso das vitaminas B12, B5 e ácido fólico, ajudando a manter o bom funcionamento do corpo e ajudar na formação das células do sangue, principalmente os linfócitos e anticorpos.
Bibliografia:
1. Bagautdinov B, Matsuura Y, Bagautdinova Set al.. Protein biotinoylation visualized by a complex structure of biotin protein ligase with a substrate. J Biol Chem. 2008;283, 14739–50.
2. Bali AP, Lennox-Hvenekilde D, Myling-Petersen Net al.. Improved biotin, thiamine, and lipoic acid biosynthesis by engineering the global regulator IscR. Metab Eng. 2020;60:97–109.
3. Baumgartner M, Suormala T.. Biotin-responsive disordersIn: Saudubray J-M, Baumgartner Mand Walter J (eds). Inborn Metabolic Diseases, Diagnosis and Treatment, Berlin: Springer, 2016.
4. Fernandez-Mejia C. Pharmacological effects of biotin. J Nutr Biochem 2005;16:424–7. 10.1016/j.jnutbio.2005.
5. Lazo de la Vega-Monroy ML, Larrieta E, German MS, et al.. Effects of biotin supplementation in the diet on insulin secretion, islet gene expression, glucose homeostasis and beta-cell proportion. J Nutr Biochem 2013;24:169–77.
6. EFSA Panel on Dietetic Products N and A (NDA) . Scientific opinion on dietary reference values for biotin. Efsa J 2014;12.
A vitamina B12 é essencial para a formação das células sanguíneas, prevenindo a anemia megaloblástica, uma doença causada pela deficiência de vitamina B12.
Além disso, a vitamina B12 também é fundamental para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso central, e para o metabolismo das proteínas e dos carboidratos dos alimentos, ajudando a manter uma boa disposição física e mental.
A ingestão adequada de vitamina B12 ajuda no desempenho de algumas funções no organismo, incluindo:
•Ajudar a manter a saúde do coração, uma vez que níveis adequados da vitamina B12 no organismo pode impedir o aumento dos níveis de homocisteína no sangue, um aminoácido que, em grandes quantidades, está relacionado com doenças cardiovasculares;
• Evitar a anemia megaloblástica, pois a vitamina B12 participa da formação das células sanguíneas, ajudando no transporte de oxigênio e nutrientes para as células. Entenda o que é e como tratar a anemia megaloblástica;
• Melhorar a disposição física e mental, pois a vitamina B12 auxilia no metabolismo dos carboidratos, ajudando a manter a energia no organismo;
• Manter a saúde dos neurônios, visto que a vitamina B12 participa da formação e manutenção das funções das células do sistema nervoso central.
Bibliografia:
1. Hodgkin DC, Kamper J, Mackay M, Pickworth J, Trueblood KN, White JG. Structure of vitamin B12. Nature 1956;178(4524):64–6.
2. Carmel R. Biomarkers of cobalamin (vitamin B-12) status in the epidemiologic setting: a critical overview of context, applications, and performance characteristics of cobalamin, methylmalonic acid, and holotranscobalamin II. Am J Clin Nutr 2011;94(1):348S–58S.
3. Caudill MA, Miller JW, Gregory JF, Shane B. Folate, choline, vitamin B12, and vitamin B6. In: Stipanuk MH, Caudill MA, editors. Biochemical, physiological, and molecular aspects of human nutrition. St. Louis, MO: Elsevier; 2013. p. 565–609.
4. Morris MS, Jacques PF, Rosenberg IH, Selhub J. Folate and vitamin B-12 status in relation to anemia, macrocytosis, and cognitive impairment in older Americans in the age of folic acid fortification. Am J Clin Nutr 2007;85(1):193–200.
5. Miller JW, Garrod MG, Allen LH, Haan MN, Green R. Metabolic evidence of vitamin B-12 deficiency, including high homocysteine and methylmalonic acid and low holotranscobalamin, is more pronounced in older adults with elevated plasma folate. Am J Clin Nutr 2009;90(6):1586–92.
José de Almeida (proprietário verificado) –