Ingredientes | Toma Diária: 2 comprimidos Tomas por embalagem: 15 | %VRN |
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Glucosamina | 1000mg | ** |
Condroitina | 400mg | ** |
MSM (Metilsulfonilmetano) | 400mg | ** |
Colagénio | 200mg | ** |
Ácido Hialurónico | 60mg | ** |
Quercetina | 30mg | ** |
Silício | 20mg | ** |
Informações Complementares
Tomar 1 comprimido por dia, ao pequeno-almoço. Em caso de maior necessidade, tomar 2 comprimidos.
Glucosamina de Absorção Rápida (de crustáceos); Antiaglomerante: Fosfato Tricálcico; Condroitina de Absorção Rápida; Metil-Sulfonil-Metano (MSM); Gelificante: Celulose microcristalina; Maltodextrina de Milho; Colagénio Marinho (de peixe); Estabilizador: Amido de Trigo; Antiaglomerante: Hidroxipropilcelulose; Ácido Hialurónico; Antiaglomerante: Estearato de Magnésio; Dióxido de Silício; Quercetina; Antiaglomerante: Silicato de Magnésio.
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Devido à inexistência de estudos que confirmem a segurança de utilização em caso de gravidez e aleitamento, este suplemento não deve ser utilizado nestas situações, salvo indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças.
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Principais Ingredientes
A glucosamina é um dos monossacarídeos hidrossolúveis mais abundantes no corpo humano, presente em grandes quantidades na cartilagem articular. Pensa-se que esta substância tem um papel importante na regulação dos processos anabólicos da cartilagem e na síntese de líquido sinovial, ao ser um percursor de glicosaminoglicanos. Inibe também os processos catabólicos e degenerativos da osteoartrite, através das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A suplementação com glucosamina promove a síntese de cartilagem e reduz a sua degradação, assim como induz a produção de ácido hialurónico pela membrana sinovial.
Além disso, é benéfica no alívio sintomático da dor, rigidez e na melhoria da função articular, tendo um estudo demonstrado que, quando aplicada localmente, revela maior eficácia que por via oral, apresentando menor potencial para efeitos secundários. A glucosamina tem ainda diversos benefícios na pele, devido à estimulação da síntese de ácido hialurónico, que acelera a cicatrização de feridas, melhora a hidratação e diminui as rugas. É também útil no tratamento de distúrbios de hiperpigmentação pois inibe a ativação da tirosinase o que, por sua vez, leva à inibição da produção de melanina.
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A Condroitina é um glicosaminoglicano presente em vários tecidos no corpo humano, sendo um componente estrutural importante da matriz extracelular da cartilagem articular, que desempenha um papel fundamental ao criar uma considerável pressão osmótica que expande a matriz e coloca tensão na rede de colagénio além de fornecer resistência e elasticidade à cartilagem.
A suplementação com Condroitina, usualmente extraída de cartilagem de tubarão ou bovinos, atua contra a osteoartrite por efeito anabólico através da estimulação da produção de matriz extracelular de cartilagem, supressão de mediadores inflamatórios (IL-1, TNF) e metaloproteinases, e inibição da degeneração de cartilagem. Este mecanismo de ação explica o seu benefício na cartilagem e membrana sinovial.
Literatura científica indica que a suplementação com Condroitina também é capaz de aliviar os sintomas de osteoporose, incluindo dor, com melhoria dos parâmetros funcionais e apresenta baixo risco de toxicidade.
Para além disto, tem a capacidade de melhorar a função e diminuir a progressão de artrose, atuando como protetor das articulações. Assim sendo, pode afirmar-se que possui efeitos anti-inflamatórios e anti-apoptóticos na cartilagem articular e no osso.
Uma vez que a Condroitina, quando ingerida sob a forma de suplementação, é absorvida pelo intestino e usada pelas bactérias intestinais, poderá também exercer efeitos terapêuticos por modificação da microbiota intestinal, além de proteção da mucosa intestinal. Por exemplo, ao atuar como substrato de bactérias redutoras de sulfato (aumentando a sua quantidade na microbiota), implicadas na síntese de compostos anti-inflamatórios, a Condroitina poderá ter capacidade de prevenção e tratamento de várias doenças inflamatórias e metabólicas.
Em súmula, a Condroitina é constituinte estrutural da cartilagem garantindo a sua resistência e elasticidade. Tem a capacidade de inibir a degradação da mesma e estimular a sua produção, para além de inibir a inflamação, demonstrando desta forma, o seu benefício na osteoartrite. Também tem sido estudada como modulador da microbiota intestinal, podendo a sua suplementação representar uma mais valia na prevenção de doenças inflamatórias e metabólicas.
Bibliografia
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A suplementação com metilsulfonilmetano (MSM)– um composto organossulfurado – tem-se tornado popular, uma vez que demonstra benefícios ao nível de inflamação (por inibição de mediadores pró-inflamatórios), dor articular e muscular e stress oxidativo, pelo que terá aplicação na artrite e outros distúrbios inflamatórios como cistite intersticial, rinite alérgica, alergias sazonais e inflamação aguda induzida por exercício físico intenso, bem como na proteção da cartilagem contra a degradação.
Para além da sua capacidade anti-inflamatória vastamente reconhecida, também possui capacidade de suportar as vias antioxidantes naturais do organismo, por aumento dos níveis de glutationa, superóxido dismutase e catalase.
Pesquisas emergentes sugerem que o MSM um dia também pode vir a ser um coadjuvante no tratamento de vários tipos de cancro e síndromes metabólicas.
Pode ser obtido através do consumo de frutas, vegetais, cereais, cerveja, vinho do porto, café, chá e leite de vaca e a sua absorção e biossíntese dependerá fortemente de co-metabolismo entre a microbiota intestinal e o hospedeiro. Devido às suas propriedades de penetração únicas, altera efeitos fisiológicos a nível tecidular e celular difíceis de elucidar e tem ainda capacidade de atuar como transportador ou co-transportador de outros agentes terapêuticos, aumentando ainda mais o seu potencial de aplicação 1,3. Devido à sua rápida absorção e distribuição no organismo e excreção eficiente.
O MSM representa uma forma orgânica de enxofre que desempenha um papel importante em vários órgãos e sistemas do organismo humano. É um produto da normal oxidação do dimetilsulfóxido (DMSO) e por fazer parte do ciclo global natural do enxofre, pode constituir uma fonte de enxofre para aminoácidos sulfurados (metionina, cisteína).
Tem sido associado à manutenção da saúde da pele devido ao seu papel nos processos fisiológicos de síntese de colagénio e ácido hialurónico – principais moléculas na matriz da pele. Portanto, tem sido usado em situações de acne, pele seca ou áspera e unhas enfraquecidas. A suplementação com MSM tem demonstrado influenciar a saúde da pele ao nível genético, regulando genes responsáveis pela inflamação, hidratação e integridade da estrutura da pele (associado ao envelhecimento). Desta forma, a suplementação com MSM tem revelado melhorar a condição e aparência da pele, com diminuição de rugas e linha finas no rosto.
Bibliografia
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O Colagénio é a proteína estrutural mais abundante nos tecidos conjuntivos, servindo importantes funções mecânicas no corpo, conferindo flexibilidade e integridade na estrutura de ossos, tendões, cartilagem articular e pele, estando ainda envolvido no armazenamento e libertação de mediadores, como citocinas e fatores de crescimento, contribuindo para o desenvolvimento de órgãos. Para além disto, também está diretamente envolvido na regeneração e reparação de tecidos (nomeadamente vasos sanguíneos, ossos e cartilagem), pela indução da síntese de macromoléculas na matriz extracelular, e na cicatrização de feridas. A sua capacidade imunomoduladora, por indução de células T reguladoras e produção de citocinas, está relacionada com a proteção do dano das articulações.
Por este motivo, a suplementação com Colagénio também tem sido usada em situações de distúrbios articulares e ósseos, como a osteoartrite, apresentando capacidade para diminuir dores articulares e tendinosas. Tem sido, ainda, utilizada na reabilitação de atletas lesionados, quando combinado com exercícios de recuperação.
A literatura científica indica que a suplementação com colagénio apresenta benefícios comprovados na melhoria de parâmetros de envelhecimento da pele (aumento da elasticidade, densidade e hidratação da pele e diminuição de rugas). O envelhecimento da pele resulta em modificações estruturais e funcionais das fibras de Colagénio, que diminuem com a idade, por isso a sua suplementação poderá ser vantajosa para a manutenção da saúde e aparência da pele. Neste sentido existem dois mecanismos de ação possíveis: a exposição direta de peptídeos derivados do Colagénio a fibroblastos que poderá aumentar a síntese de matriz extracelular; ou, por outro lado, o Colagénio poderá induzir as células T reguladoras, que melhoram os parâmetros de saúde da pele. A sua capacidade para retenção hídrica permite o seu uso como ingrediente funcional, tanto na indústria cosmética como na indústria alimentar.
Bibliografia
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O Ácido Hialurónico, também conhecido por Hialuronato de Sódio, é um glucosaminoglicano natural formado pela ligação de glucosamina com ácido glucorónico. Ocorre naturalmente em vários tecidos e fluidos do corpo, mas principalmente na cartilagem articular e no fluido sinovial, sendo o principal responsável pela sua elevada viscosidade e propriedades lubrificantes, protetoras e amortecedoras na articulação. Sendo também abundante na pele e estando presente em tendões e cavidades serosas. É sintetizado principalmente por fibroblastos e queratinócitos, sendo que os condrócitos dependem dele para deposição da matriz da cartilagem e foi sugerido que desempenhe também um papel na fecundação e imunorregulação.
O Ácido Hialurónico desempenha um papel multifacetado na regulação de diversos processos biológicos, nomeadamente na reparação da pele e regeneração de tecidos. Considerado um humectante por excelência, possui elevada capacidade para absorção de água e consegue penetrar nas camadas superiores da epiderme, permitindo aumentar a coesão entre as células e assim proteger a pele de fenómenos de desidratação, tendo vindo a ser empregue como um dos componentes imperativos em produtos cosméticos e nutricosméticos. Entre as suas funções biológicas incluem-se a retenção de água na matriz, hidratação de tecidos, homeostasia da água, lubrificação, transporte de solutos, migração, divisão e interação celular, adesão neutrófila, reabsorção óssea, cicatrização e agregação e adesão de glóbulos vermelhos. Para além disto, também tem sido usado em cirurgia oftálmica, diagnóstico de cancro, como anti-inflamatório e imunomodulador e no tratamento de articulações inflamadas.
A progressão da osteoartrite com a idade leva ao declínio de ácido hialurónico, motivo pelo qual tem sido usado no tratamento desta patologia, bem como no controlo de dores articulares.
Em suma, o Ácido Hialurónico, naturalmente presente em vários tecidos no corpo humano, tende a diminuir com a idade, como tal desempenha um importante papel na saúde articular, nomeadamente na lubrificação da cartilagem, como antioxidante, analgésico, anti-inflamatório, condroprotetor, evita a degradação da matriz extracelular e tem efeitos de reparação na cartilagem. Para além do seu papel cicatrizante, reparador e hidratante da pele.
Bibliografia
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A Quercetina é o flavonoide mais comum na natureza e pode ser encontrado em diferentes formas. Nas plantas encontra-se como quercetina-3-O-glucosídeo atuando como pigmento e conferindo cor a frutas e vegetais. As suas fontes alimentares principais são as uvas, bagas, cerejas, maçãs, frutas cítricas, cebola, trigo sarraceno, couve, tomate, vinho tinto e chá preto.
A Quercetina e os seus derivados exercem funções biológicas importantes no ciclo celular e na via regulatória da transdução celular. Possui atividades anti-inflamatória e antioxidante, mais potente do que a vitamina C e E, importantes na atividade neuronal. Parece também possuir efeitos pró-oxidantes, contribuindo para a inibição do crescimento tumoral e pró-apoptoticos de células cancerígenas, atividades cruciais no seu potencial anti-cancerígeno. Para além disto, tem demonstrado capacidade para modular vias de sinalização para reduzir a progressão de cancro, enfatizando a utilização de suplementação com Quercetina como complemento no tratamento de cancro.
Os seus efeitos terapêuticos e possíveis aplicações farmacológicas têm sido extensamente estudadas e devem-se principalmente ao seu forte poder antioxidante contra radicais livre e inibidor da peroxidação lipídica. A evidência científica sugere que dietas ricas em flavonoides como a Quercetina, têm potencial para reduzir o risco de doença cardiovascular, devido às suas capacidades anti-inflamatórias, anticoagulantes, anti-hipertensivas e efeitos positivos na redução da pressão arterial e nos distúrbios do metabolismo lipídico (capacidade de reduzir níveis de triglicerídeos e aumentar colesterol HDL).
A sua atividade anti-hiperglicémica também ficou demonstrada em estudos in vivo em animais diabéticos. A Quercetina também foi reconhecida como geralmente segura pela FDA.
Para além disto, fornece benefícios como a melhoria da saúde ocular e distúrbios alérgicos. Podendo ter um papel no combate da asma, diabetes, obesidade, doeças neurológicas (como Alzheimer) e inflamatórias (como artrite e osteoporose por exemplo).
Bibliografia
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O Silício é o segundo elemento mais comum na crosta terrestre, logo a seguir ao oxigénio. No entanto, devido à sua elevada afinidade pelo oxigénio, não é encontrado na natureza na sua forma elementar, formando rapidamente sílica e silicatos. Este oligoelemento não é produzido pelo corpo humano e por isso deve ser subministrado através da alimentação ou suplementação.
No organismo humano, o Silício é o terceiro oligoelemento mais abundante e encontra-se presente em todos os tecidos, mas em maiores concentrações nos ossos, tendões, articulações e outros tecidos conjuntivos, incluindo pele, cabelos, artérias e unhas.
Este é um mineral fundamental na formação, manutenção e regeneração óssea, desempenhando um importante papel na iniciação da mineralização, porque é altamente concentrado no osteoide imaturo, mas diminui à medida que o teor de cálcio aumenta no osso maduro.
Apesar dos mecanismos pelos quais o Silício acelera a taxa de mineralização óssea ainda não serem bem conhecidos, estudos reportam que a suplementação com Silício tem efeito na síntese de colagénio tipo 1, tornando a matriz mais calcificável, aumentando a densidade mineral óssea e diminuindo a fragilidade do osso.
Este mineral representa um potencial na prevenção e tratamento de doenças ósseas como a osteoporose, patologia caraterizada por desmineralização óssea e deterioração da microarquitetura do osso o que poderá aumentar o risco de fraturas.
Para além disto, este oligoelemento tem um papel importante na saúde dos tecidos conjuntivos, contribuindo para a vitalidade da pele, unhas e cabelo, desempenhando um papel importante na regulação da estrutura e elasticidade dérmica, contribuindo para a forma, resistência e flexibilidade de todos os tecidos conjuntivos. O seu efeito reparador e regenerador tecidular, previne o envelhecimento precoce.
Tem sido reportado que para o aumento da densidade mineral óssea, são necessários mais 40 mg de Silício por dia, no entanto a média de ingestão diária varia entre 20 e 30 mg por dia, sendo que mulheres pós-menopausa ingerem quantidades inferiores e não o absorvem tão bem como mulheres mais novas, o que justifica a suplementação com este oligoelemento.
A sua suplementação parece ter feitos positivos na prevenção da osteoporose e manutenção da saúde dos ossos, em mulheres pós-menopausa com uma dieta pobre em cálcio.
A depleção em Silício limita o desenvolvimento da matriz extracelular e a mineralização óssea, por isso, tecidos como ossos, articulações, pele e cabelo tornam-se frágeis e com uma aparência envelhecida, devido à diminuição deste oligoelemento no organismo, estando também associada a má formação óssea.
Um sinal típico de envelhecimento da pele é a diminuição dos níveis de Silício e ácido hialurónico nos tecidos conjuntivos. Isso resulta em perda de humidade e elasticidade da pele. Assim sendo, a suplementação com Silício apresentou efeitos positivos na diminuição da rugosidade da pele em mulheres, com idades entre 40 e 65 anos, com sinais clínicos de fotoenvelhecimento da pele.
O alumínio é um conhecido neurotóxico que pode acelerar os danos oxidativos das biomoléculas e foi reconhecido como sendo um possível fator causal de Alzheimer. O Silício, por sua vez, é capaz de reduzir a captação de alumínio do trato digestivo e retardar a sua acumulação no tecido cerebral.
Em súmula, o Silício é um mineral essencial no organismo, que não sendo sintetizado por este deverá ser ingerido através da alimentação ou suplementação. É fundamental na formação, manutenção e regeneração óssea, estimulando a síntese de colagénio e a diferenciação de osteoblastos. Assim sendo, apresenta potencial na prevenção e tratamento de doenças ósseas (osteoporose) e um papel importante na saúde dos tecidos conjuntivos, contribuindo para a vitalidade da pele, unhas e cabelo.
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Linda Martins (proprietário verificado) –