Ingredientes | Toma Diária: 2 cápsulas Tomas por embalagem: 25 | %VRN |
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Extrato seco Malpighia glabra, Acerola | 75 mg | ** |
(Vitamina C) | (37,5 mg) | 46,87% |
Extrato seco Astragalus membranaceus, Astragalus | 75 mg | ** |
Extrato seco Echinacea angustifolia, Equinácia | 75 mg | ** |
Extrato seco Sambucus nigra, Sabugueiro | 60 mg | ** |
L-Arginina | 50 mg | ** |
L-Glutamina | 50 mg | ** |
Zinco | 10 mg | 100% |
Selénio | 55 mg | 100% |
Informações Complementares
Tomar 2 cápsulas por dia, ao pequeno almoço e ao jantar.
Agente de volume: Celulose Microcristalina; Agente de Revestimento: Gelatina; Extrato Seco Malpighia glabra, Acerola – Fruto 50% Vitamina C, ratio 3:1; Extrato Seco Astragalus Membranaceus, Astragalus – Raíz, 16% Polissacarídeos, ratio 5:1; Extrato Seco Echinacea Angustifolia, Equinácia – Raíz 1% Echinacosidos, ratio 3:1; Gluconato de Zinco (Zinco); Extrato Seco Sambucus Nigra, Sabugueiro – fruto 1% Antocianosidos, ratio 5:1; L-Arginina Base; L-Glutamina; Antiaglomerante: Sais de Magnésio de Ácidos Gordos; Selenito Sódico (Selénio).
✔ A vitamina C contribui para o normal metabolismo produtor de energia.
✔ A vitamina C contribui para o normal funcionamento do sistema nervoso.
✔ A vitamina C contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário.
✔ A vitamina C contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis.
✔ A vitamina C contribui para a redução do cansaço e da fadiga.
✔ A vitamina C aumenta a absorção de ferro.
✔ A vitamina C contribui para a regeneração da forma reduzida da vitamina E.
✔ O selénio contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário.
✔ O selénio contribui para o normal funcionamento da tiroide.
✔ O selénio contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis.
✔ O zinco contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário.
✔ O zinco contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis.
✔ O zinco contribui para uma normal função cognitiva.
✔ O zinco contribui para o normal metabolismo da vitamina A.
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Em caso de gravidez ou amamentação a toma deve ser feita sob indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças.
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Principais Ingredientes
A Acerola é uma fruta originária das Antilhas, cultivada nos Estados Unidos, Japão e muito popular nas Caraíbas e América Central e Sul, onde é vastamente consumida. É conhecida pela sua resistência, desenvolvendo-se facilmente em diferentes condições climatéricas. Atualmente, é considerada um alimento funcional devido ao seu potencial na saúde humana.
O interesse crescente da comunidade científica nesta fruta recai nas suas concentrações elevadas em Vitamina C (1500–4500mg/100g alimento), sendo uma das fontes naturais mais ricas nesta vitamina. Comparando, por exemplo, com uma laranja, a Acerola contém cerca de 50 a 100 vezes mais vitamina C do que a primeira, o que se traduz num elevado poder antioxidante. Contém quantidades apreciáveis de carotenoides, antocianinas e flavonoides, que lhe conferem propriedades biofuncionais. Alguns estudos têm reportado que a vitamina C presente na Acerola é mais biodisponível, isto é, mais facilmente absorvida do que vitamina C sintética.
Para além da sua prevalente atividade antioxidante, apresenta outras propriedades relevantes, como a anti-inflamatória, a hepatoprotetora, a antigenotóxica, a antimutagénica e antitumoral, a antimicrobiana, anti-obesogénica, a antihiperglicémica, a antihiperlipidémica e atua na prevenção do envelhecimento.
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A Vitamina C – ácido ascórbico, é uma vitamina essencial hidrossolúvel e um cofator essencial para a biossíntese de colagénio, intervém no metabolismo da carnitina, das catecolaminas e na absorção de Ferro, desempenhado um papel importante na saúde. O organismo humano é incapaz de a sintetizar e, por isso, deve ser subministrada de forma exógena através da alimentação, nomeadamente pelo consumo de frutas e vegetais, ou de suplementação.
Antioxidante de excelência, garante a proteção das biomoléculas existentes no nosso organismo contra os danos oxidativos causados por metabolitos pró-oxidantes, gerados pelo metabolismo celular ou pela exposição a toxinas e poluentes. Tendo a Vitamina C um elevado potencial anti-inflamatório e um carácter protetor contra a ocorrência de danos oxidativos, o seu aporte adequado desempenha um papel relevante na prevenção e na progressão de várias doenças crónicas e agudas, sobretudo em condições nas quais o stress oxidativo é elevado, como ocorre no caso das infeções. No entanto, muitos dos efeitos benéficos da ingestão de Vitamina C não estão ainda totalmente esclarecidos.
Possui atividade imunomoduladora, inibindo a ativação excessiva do sistema imunitário e prevenindo danos tecidulares, contribui para a atividade antihistamínica e estimula a atividade de células da imunidade inata e adquirida, nomeadamente através da diferenciação de células T, modulação da síntese de citocinas e da expressão de moléculas adesivas, conferindo uma maior resistência a infeções. Diversos estudos indicam que a Vitamina C poderá aliviar ou prevenir infeções causadas por bactérias, vírus e protozoários. A constipação comum, é o exemplo mais bem estudado, tendo ficado estabelecido que a suplementação com Vitamina C reduz efetivamente a duração da sintomatologia. Vários outros estudos também demonstram uma ação antimicrobiana proveniente da Vitamina C, podendo ser útil no tratamento de infeções urinárias. Atua através da inibição do crescimento de S. aureus, E. faecalis, H. pylori, Campylobacter, Mycobacterium, E. coli, K. pneumomoniae e Aspergillus, potencia a ação de alguns antibióticos e impede o desenvolvimento de biofilmes. Desta forma, a deficiência em Vitamina C pode comprometer a imunidade e levar a uma maior suscetibilidade às infeções.
A Vitamina C intervém no metabolismo produtor de energia, contribuindo para a redução da sensação de cansaço e de fadiga. Um estudo que relacionou o pool de Vitamina C com o desempenho físico e o stress oxidativo, concluiu que baixos níveis de Vitamina C estão associados a baixo desempenho físico, e que a suplementação com Vitamina C reduz o stress oxidativo e pode aumentar o desempenho físico, em estados de hipovitaminose.
A vitamina C é também um cofator essencial na biossíntese de colagénio, contribuindo para a vitalidade da pele e cabelo. Esta vitamina contribui para o crescimento de células papilares de cabelo humano, e como desempenha um papel essencial na absorção de ferro, pode ser especialmente relevante no tratamento da queda de cabelo associada à carência deste mineral. O seu caráter antioxidante é especialmente importante ao nível da pele, pois apesar da vitamina C não conseguir absorver a luz UV, desempenha uma ação fotoprotetora que favorece a neutralização dos radicais livres, cuja acumulação pode levar ao fotoenvelhecimento e à formação precoce de rugas. Desempenha ainda uma ação reequilibrante do ponto de vista hídrico, potenciando a suavidade e elasticidade da pele. Para além disto, o ácido ascórbico, ao interagir com os iões de cobre e inibir a ação das enzimas tirosinases – enzimas implicadas na formação de manchas na pele, diminuindo assim a formação deste pigmento cutâneo, ajudando a minimizar situações de hiperpigmentação.
A deficiência em Vitamina C afeta o normal metabolismo do corpo sendo um fator de risco para a saúde, especialmente nos casos mais severos, podendo resultar em escorbuto, situação potencialmente fatal. O escorbuto é caracterizado pelo enfraquecimento das estruturas de colagénio, resultando em má cicatrização de feridas e diminuição da imunidade, estando o organismo mais suscetível à ocorrência de infeções potencialmente fatais, como pneumonia. A deficiência severa e prolongada de Vitamina C também poderá ocasionar alterações oculares resultantes de hemorragias subconjuntivais e orbitais, uma vez que esta vitamina auxilia na manutenção da integridade dos vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos, além de suprimir os radicais livres gerados pela elevada atividade metabólica. Portanto, a suplementação de vitamina C é essencial em caso de défice para a manutenção da saúde. As necessidades diárias de Vitamina C também estão aumentadas em pacientes com condições como gengivite, asma, glaucoma, distúrbios de colagénio, insolação, artrite, infeções (pneumonia, sinusite, febre reumática) e doenças crónicas, distúrbios vasculares e queimaduras graves, sendo necessário suplementar para além do VRN em casos de infeção, para compensar o aumento da resposta inflamatória. Alguns especialistas acreditam que as doses diárias recomendadas (80 mg) são baixas para suportar a função ótima da Vitamina C. A suplementação com esta vitamina é bem tolerada e segura, sem risco de toxicidade.
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A raiz de Astrágalo tem uma longa história de aplicação clínica na medicina tradicional chinesa. Considerada uma planta adaptogénia, tem sido utilizada no tratamento de uma variedade de infeções, distúrbios de imunodeficiência e como adjuvante da quimioterapia, fraqueza, fadiga, apatia e falta de apetite. Foi já demonstrado que aumenta a produção de leucócitos, particularmente células T e macrófagos, apoiando a resistência imunitária e que melhora a função cardíaca e adrenal.
Dos seus componentes destacam-se o polissacarídeo Astragalus – o principal responsável pelas suas atividades farmacológicas, especialmente a de regulação do sistema imunitário, para além de conter flavonóides, alcalóides, saponinas, etc.
Esta raiz é também reconhecida pela sua elevada capacidade antioxidante e suas propriedades anti-envelhecimento e anti-cancerígenas. Para além disso, destacam-se outras bioatividades identificadas para este extrato, como a atividade antiperspirante, anti-inflamatória, diurética, tónica ou energizante, antidiabética, hipolipemiante, antiviral, antimicrobiana, hepatoprotetora e neuroprotetora.
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O género Echinacea pertence à família Asteraceae e compreende um pequeno número de espécies de plantas nativas da América do Norte, entre elas a Echinacea Purpurea, com uma longa história de utilização para fins terapêuticos.
Tradicionalmente, a Equinácea era descrita como um agente “anti-infeccioso” e era utilizada em infeções bacterianas e virais, septicémia, condições da pele, na cicatrização de feridas e amigdalite.
O interesse atual no uso medicinal da Equinácea foca-se nos seus efeitos imunomoduladores, particularmente no tratamento e prevenção de constipações comuns e outras infeções do trato respiratório superior.
As preparações com Equinácea atuam a vários níveis na estimulação da resposta imune, devido ao seu conteúdo em polissacarídeos. Desde ativação dos macrófagos que eliminam microorganismos invasores do organismo humano, pelo aumento da resistência dos linfócitos (células protetoras do sistema imunitário) e estimulação da produção de citocinas – mediadores químicos que atuam na atividade imune no nosso organismo. Tem, ainda, capacidade de ativação de leucócitos polimorfonucleares, células NK e alterações nos leucócitos T e B.
É consensual entre os estudos que a Equinácea é eficaz na redução da duração e gravidade dos sintomas, embora entre os seus compostos ativos identificados, não seja completamente conhecido o mecanismo de ação, biodisponibilidade, potência e sinergias.
Para além disto, esta planta tem atividade antiviral, antibacteriana, antifúngica e potencial anti-inflamatório, hepatoprotetor e antimutagénico.
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O Sabugueiro (Sambucus nigra) é um arbusto de folha caduca, nativo das ilhas britânicas e da Europa 1, rico em nutrientes como hidratos de carbono e fibras, proteínas e aminoácidos, ácidos gordos, minerais, vitaminas e óleos essenciais.
Esta planta é reconhecida na medicina tradicional como terapêutica para vários tipos de doenças. Usada principalmente para tratar sintomas relacionados com a constipação comum, condições febris, tosse, congestão nasal, além de fortalecer o sistema imunitário.
As suas folhas eram usadas no tratamento de contusões e entorses, feridas, inflamações oculares e dores de cabeça. As flores eram utilizadas no tratamento de doenças pulmonares, tumores e furúnculos. No entanto, são necessários mais estudos para comprovar a sua eficácia no tratamento de doenças.
As suas propriedades farmacológicas resultam, entre outras coisas, da presença de flavonóides. Os frutos e flores desta planta são ricos em compostos bioativos como polifenóis e antrocianinas responsáveis pela sua elevada capacidade antioxidante, que se relaciona com as suas propriedades promotoras de saúde. As suas folhas têm capacidades antipiréticas e diuréticas devido à presença de flavonóides.
Foi demonstrado que o Sabugueiro possui principalmente propriedades antibacterianas e antivirais, pode reduzir a concentração de açúcar e lípidos no sangue e até exibir propriedades antidepressivas e antitumorais.
Atualmente, estão a ser desenvolvidos remédios e suplementos alimentares para a constipação, gripe e outras doenças infeciosas utilizando flores ou frutos de Sambucus nigra.
As folhas de Sambucus nigra contêm glicosídeos cianogénicos a partir dos quais o cianeto de hidrogénio é libertado por ação enzimática, embora não seja geralmente considerado venenosa.
Na formulação do Guardião foram utilizadas as flores desta planta, por ter grande capacidade antioxidante, antiviral e antibacteriana, sendo capaz de proteger contra infeções do trato respiratório superior, ao invés das suas folhas pelo risco acrescido de toxicidade.
Em súmula, o Sabugueiro tem sido usado na medicina tradicional como agente sudorífero, antipirético e diurético, tendo sido recentemente descoberto que tem também propriedades antibacteriana, antiviral, antidepressiva, anti-tumoral, hipoglicemiante, antihipertensora, antidislipidémica e imunoestimulante.
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A L-Arginina é um dos aminoácidos naturais mais versáteis metabolicamente, uma vez que é o percursor da síntese de várias substâncias com papel crucial no organismo. Sendo convertida em óxido nítrico, que desempenha um papel relevante ao nível da neurotransmissão, neuroprotecção, aprendizagem e memória, vasodilatação, citotoxicidade e imunidade, para além de servir como precursor na síntese de glutamato – poliamina essencial na proliferação e diferenciação celular; da creatinina – essencial na contração muscular; e da ureia – no ciclo que permite a sua eliminação do organismo. Para além disso, este aminoácido estimula a produção de hormonas, como a hormona do crescimento, a insulina, entre outras substâncias. Quando consumida em doses superiores na dieta, apresenta múltiplos efeitos farmacológicos benéficos que incluem a redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de disfunção sexual, promove a inibição de hiperacidez gástrica e conduz a melhorias na resposta imunitária, sensibilidade à insulina, atividade muscular, cicatrização e na função do sistema nervoso central. A L-Arginina administrada de forma exógena causa rápida redução das tensões arteriais sistólica e diastólica em indivíduos saudáveis e hipertensos, atenuando também a reatividade plaquetar e melhorando a função endotelial na hipercolesterolémia e aterosclerose. Tem demonstrado, ainda, benefícios na redução dos triglicerídeos séricos, na cicatrização de feridas e na performance atlética, sendo utilizada como um agente ergogénico.
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A glutamina é um aminoácido que está presente em grandes quantidades no organismo, sendo conhecido como um imunonutriente, pois participa na produção de antioxidantes e na manutenção das funções das células de defesa do organismo, fortalecendo o sistema imunitário.
Além disso, a glutamina ajuda a melhorar as funções das células no intestino, equilibrando a flora intestinal e auxiliando no tratamento de problemas, como prisão de ventre, diarreia, colite ou doença de Crohn.
A glutamina é a principal fonte de energia para intestino, pois estimula o crescimento e fortalecimento das células, o que promove o equilíbrio da flora intestinal e ajuda a prevenir e combater problemas como prisão de ventre, diarreia ou câncer de intestino.
Além disso, por fortalecer as bactérias benéficas no intestino, a glutamina também auxilia no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como colite ou Crohn.
A glutamina é um aminoácido que atua como um antioxidante, ajudando a prevenir doenças do coração, como infarto, aterosclerose ou derrame, pois auxilia no combate ao excesso de radicais livres, compostos produzidos no organismo através do fumo, stress, da ingestão de álcool e alimentos processados, por exemplo.
É uma importante fonte de energia para as células de defesa do organismo, fortalecendo o sistema imunitário. Por isso, a suplementação com este aminoácido é recomendada para pessoas que estão se recuperando de lesões, queimaduras e cirurgias, já que ajuda a acelerar a cicatrização e prevenir infecções.
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O Zinco é um oligoelemento essencial, o que significa que não é produzido pelo organismo, sendo necessário ingeri-lo na dieta ou através de suplementação alimentar para manter o seu aporte adequado e prevenir doenças inerentes ao seu défice. Este elemento é necessário por aproximadamente 300 enzimas no metabolismo celular – como a superóxido dismutase, com função antioxidante intracelular. Os seus efeitos anti-inflamatórios estão bem documentados e por outro lado, a inflamação, aguda ou crónica, induz alterações metabólicas e fisiológicas deste mineral.
Tem particular interesse, também, pela sua contribuição para o crescimento, desenvolvimento, cicatrização de feridas, função imune e síntese de colagénio, entre outras funções, não se conhecendo o mecanismo do seu efeito no folículo capilar.
O Zinco está associado a múltiplos aspetos do sistema imunitário, sendo crucial para o normal desenvolvimento e função das células da imunidade inata. Tem ainda capacidade antioxidante e estabilizadora de membranas, sugerindo um papel na prevenção de danos oxidativos em processos inflamatórios. De facto, estudos apontam para os benefícios da suplementação com Zinco nas doenças infeciosas, reduzindo a incidência e duração de diarreias e infeções do trato respiratório inferior como as constipações.
A capacidade cicatrizante do Zinco também é bastante reconhecida. Apresentando-se como um aliando importante na cicatrização de tecidos como o epitélio (tecido intestinal, importante cicatrizar em doentes com doença de Crohn), gástrico (tecido do estômago, em doentes com úlceras ou gastrites), tecido pulmonar (importante em fumadores) ou em pessoas pós-cirurgia para promover a cicatrização do tecido invadido. Assim sendo, a suplementação oral com Zinco pode ser benéfica no tratamento de pessoas com úlceras, por potenciar a multiplicação celular.
Este mineral também parece ter importância ao nível da visão. A córnea tem a maior concentração de Zinco de todos os tecidos do organismo onde poderá desempenhar um papel protetor. Estudos da doença ocular relacionada com a idade (AREDS) concluíram que pacientes suplementados com Zinco apresentam uma redução na probabilidade de desenvolvimento de degeneração macular e redução na progressão da doença. Para além disto, a deficiência em Zinco poderá causar cegueira noturna, edema da córnea com possível progressão para opacidade da córnea, assim como conjuntivite seca que poderá progredir para secura ocular (xeroftalmia) e queratomalácia.
A deficiência de Zinco é um grande problema para a saúde e afeta o crescimento do cabelo e unhas, sendo que a alopécia se apresenta como sinal de carência deste mineral, com melhorias após suplementação oral. Para além disto, resulta em sintomas como dermatite, perda de peso, diarreia, infeções e disfunção imunológica, hipogonadismo e problemas de cicatrização de úlceras.
Estudos mostram que doentes que sofrem de Alzeimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Lesão Cerebral, Depressão, Esquizofrenia e Parkinson apresentam níveis inferiores de Zinco, pelo que, a sua suplementação deve ser tida em conta nestas situações.
A suplementação com Zinco também parece reduzir o risco de aterosclerose e proteger contra o enfarte do miocárdio e lesão isquémica.
Resumidamente, o aporte adequado de Zinco contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário, para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis, para o normal metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, para a regeneração celular e manutenção da pele, cabelo, unhas, visão e ossos normais, para a manutenção de níveis normais de testosterona no sangue e para uma fertilidade, reprodução e função cognitiva normais.
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O Selénio é um oligoelemento de grande importância para o corpo humano, uma vez que integra um aminoácido presente em 25 proteínas do nosso organismo.
Está envolvido em diversas funções fisiológicas como o metabolismo, síntese das hormonas da tiroide, síntese do ADN, fertilidade, reprodução e resposta imunitária.
Para além disto, tem funções antioxidantes, é essencial na manutenção do sistema nervoso central e do cérebro, na prevenção da sarcopenia e de doenças cardiovasculares.
É incorporado em selenoproteínas que têm um amplo espetro de papéis estruturais e enzimáticos, antioxidantes e anti-inflamatórios, estando a sua carência associada ao aumento do risco de mortalidade, pobre função imune e declínio cognitivo.
A deficiência em Selénio pode causar degeneração necrótica hepática problemas de fertilidade no homem, deficiência de iodo, cansaço muscular e cardiomiopatia. Esta carência pode ocorrer em pessoas que têm uma dieta vegan, que se encontram a fazer diálise, pessoas com HIV ou que tenham problemas intestinais como doença de Crohn.
A concentração de Selénio vai diminuindo no corpo humano com o tempo e a sua suplementação é importante na prevenção de doenças relacionadas com a idade.
Ainda assim, a sua suplementação não deve ser administrada em pessoas com níveis adequados a elevados, sob risco de efeitos adversos, como o aumento do risco de diabetes mellitus tipo 2.
O Selénio entra na cadeia alimentar através das plantas que o incorporam do solo e à exceção da Castanha do Brasil, há poucas boas fontes nos países europeus devido à baixa disponibilidade nos solos.
Em súmula, o consumo de níveis adequados de Selénio contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis, para o normal funcionamento do sistema imunitário, bem como para a manutenção de cabelo e unhas normais, espermatogénese e para o normal funcionamento da tiroide.
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