Ingredientes | Toma Diária: 2 cápsulas Tomas por embalagem: 60 | %VRN |
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Alho | 1000mg | ** |
Coenzima Q10 | 60mg | ** |
Vitamina E | 24mg | ** |
Informações Complementares
Tomar 1 cápsula às duas principais refeições.
Óleo de Soja; Cápsula: Gelatina, Glicerina; Coenzima Q10; Vitamina E (Acetato DL-Alfa-Tocoferilo); Corante; Óxido de Ferro Amarelo; Allium sativum, Óleo de Alho Concentrado (Desodorizado).
✔ A vitamina E contribui para a proteção das células contra as oxidações indesejáveis.
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Devido à inexistência de estudos que confirmem a segurança de utilização em caso de gravidez e aleitamento, este suplemento não deve ser utilizado nestas situações, salvo indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças. Se pretende usar este produto e toma anticoagulantes ou medicação antiretroviral (Saquinovir) contacte primeiro o seu médico.
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Principais Ingredientes
O Alho (Allium sativum L.) cultivado em todo o mundo já é vastamente conhecido pelas suas propriedades medicinais benéficas na saúde humana, devido essencialmente à sua constituição em compostos bioativos como sulfetos orgânicos, saponinas, compostos fenólicos e polissacarídeos.
Amplamente utilizado desde tempos antigos, na melhoria da função imune e atividade antimicrobiana (bacteriana, fúngica e viral), sendo também conhecido na prevenção da agregação plaquetar e propriedades hipotensoras, antidislipidémicas, hepatoprotetoras, desintoxicantes e antioxidantes. A diminuição da tensão arterial pela suplementação com alho tem sido revelado em várias meta-análises e é biologicamente plausível pelos seus compostos de enxofre ativos, envolvidos na modulação dos fatores constritores e dilatadores do endotélio e especificamente o alho, na estimulação da produção de óxido nítrico, conducente à vasodilatação. Por outro lado, a sua ação na diminuição moderada dos níveis do colesterol, poderá constituir uma alternativa a outros agentes redutores do colesterol, com um perfil de segurança superior em indivíduos com ligeira elevação do mesmo. Os estudos epidemiológicos revelam uma correlação inversa entre o consumo de alho e a redução do risco de doença cardiovascular, o que suporta a hipótese do seu efeito cardioprotetor.
Em suma, o alho é um candidato promissor no tratamento e prevenção de várias patologias, atuando como um anticancerígeno, cardioprotetor, anti-hiperglicémico, antimicrobiano, anti-hipertensor, com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e hipolipemiantes. Atuando como um modulador de biomarcadores em diversas patologias.
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A Coenzima Q (Ubiquinona) é um componente essencial da cadeia transportadora de eletrões nas mitocôndrias e um antioxidante lipossolúvel nas membranas plasmáticas e lipoproteínas. É produzida em todas as células por uma via altamente regulada que envolve um complexo multiproteico mitocondrial. As mitocôndrias são os organelos fundamentais na produção energética para todas as funções do organismo, tais como a contração muscular, função cardíaca e atividade cerebral, sendo que algumas células, como por exemplo, as do músculo cardíaco, contêm mais mitocôndrias que outras.
Defeitos nos componentes estruturais e/ou reguladores do complexo CoQ10 podem resultar numa diminuição da sua concentração e aumento de stress oxidativo.
Existem doenças crónicas, para além da síndrome de deficiência em CoQ10 e o envelhecimento natural, em que são detetados baixos níveis de CoQ10 nos tecidos e órgãos, sugerindo que a sua suplementação poderá aliviar sintomas de envelhecimento ou retardar o início destas doenças.
Existe evidência que a suplementação afeta positivamente a síndrome de deficiência mitocondrial e os sintomas de envelhecimento baseado em melhorias bioenergéticas e o efeito antioxidante da CoQ10 alivia a inflamação e doença cardiovascular. A função antioxidante da CoQ10 é especialmente importante na membrana plasmática pela redução das vitaminas C e E, e na prevenção da apoptose mediada por ceramida, importante reguladora de vida útil, no contexto de envelhecimento. A suplementação com CoQ10 tem, também, produzido efeitos benéficos no tratamento de hipercolesterolémia e hipertrigliceridémia.
As estatinas (medicamentos utilizados na hipercolesterolémia), além de reduzirem os níveis de CoQ10, por interferirem com a sua síntese, comprometem os músculos esqueléticos e o miocárdio – miopatia – e foi verificado em estudos uma redução consistente nos sintomas – dor muscular, fraqueza, cãibras e fadiga – na suplementação com CoQ10, sugerindo uma atenuação dos efeitos colaterais do tratamento crónico com estatinas, tendo sido proposto que previne e/ou retarda a progressão da fragilidade e sarcopenia nos idosos em tratamento crónico.
A CoQ10 produz, ainda, diminuição da tensão arterial sistólica e diastólica, estando aparentemente relacionada com o seu efeito na melhoria da função endotelial e músculo esquelético vascular, que resulta em vasodilatação com diminuição da resistência periférica por preservação do óxido nítrico. Assim sendo, tem demonstrado melhorar a qualidade de vida de doentes com insuficiência cardíaca, uma vez que pessoas com esta patologia têm o músculo cardíaco particularmente enfraquecido e precisam de mais energia para assegurar o bom funcionamento do coração.
Em suma, a Coenzima Q10, embora seja encontrada em alguns alimentos, a sua principal fonte é a produção pelo organimo. No entanto, a produção endógena diminui com a idade, assim sendo, a suplementação com CoQ10 parece ter um importante papel na medicina preventiva. Esta substância parece contribuir para o normal metabolismo energético, para a proteção das células contra o stress oxidativo, auxiliar na redução do cansaço e fadiga, e como tal, devolver a energia, vitalidade e bem-estar a pessoas mais idosas.
Bibliografia
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A Vitamina E ou α-tocoferol é antioxidante lipossolúvel, que não sendo produzido pelo nosso organismo, é obtido exclusivamente através da alimentação. Está sobretudo presente em alimentos com uma maior componente lipídica, tal como os amendoins, as amêndoas, as sementes, os pistácios, as nozes, entre outros, podendo também ser obtida através do consumo de suplementos alimentares1. No corpo humano, a Vitamina E é armazenada no tecido adiposo, mas está presente de forma úbiqua nas membranas celulares, contribuindo para a sua fluidez, integridade e função. Por contribuir para a integridade membranar, impede o extravasamento de material intracelular, situação que comprometeria o adequado funcionamento do organismo. Sendo um potente antioxidante, garante proteção contra a oxidação lípidica e favorece a reparação membranar, especialmente relevante nas células naturalmente mais expostas ao stress oxidativo, como é o caso das células musculares.
A sua potente bioactividade antioxidante tem-se revelado útil em formulações cosméticas, já que constitui uma das defesas primárias da pele contra o stress oxidativo, especialmente quando induzido pela exposição aos raios UV e aos agentes poluentes. Vários estudos clínicos demonstraram que a aplicação tópica de vitamina E, após a exposição solar, reduz significativamente as respostas cutâneas agudas como o eritema ou o edema. Quando consegue atuar nas camadas dérmicas, onde ocorre o stress oxidativo, esta vitamina protege contra o fotoenvelhecimento e mantém a integridade da rede cutânea de colagénio, tendo sido comprovado o efeito antioxidante sinérgico das vitaminas C e E na fotoproteção. Por este motivo, quando incluída em formulações cosméticas como agente antienvelhecimento, a Vitamina E contribui para a redução das linhas finas, rugas e flacidez induzidas pelo fotoenvelhecimento. Simultaneamente, a sua ação hidratante contribui para uma maior elasticidade e suavidade da pele.
A ação anti-inflamatória da Vitamina E contribui para uma maior proteção das células e do organismo, especialmente por prevenir a agregação plaquetária, inibir a produção de tromboxano, favorecer a libertação de prostaciclina (ação vasodilatadora) e diminuir os níveis de Vitamina K1, atuando na prevenção da aterosclerose10 e no consequente surgimento de doenças cardiovasculares, tendo ainda demonstrado um potencial papel anticarcinogénico.
Ao nível da visão, foi demonstrado que a Vitamina E potencia a capacidade antioxidante da Luteína, protegendo o pigmento das células epiteliais da retina, concentrando-se nos segmentos externos das membranas fotorrecetoras. Poderá ajudar a prevenir alterações prejudiciais da córnea e conjuntiva, ao participar na proteção da retina de danos oxidativos, particularmente os provenientes da exposição à luz azul. As suas características antioxidantes poderão ser úteis no retardar do desenvolvimento de cataratas e degeneração macular (opacificação), pelo que é uma vitamina tipicamente incluída em suplementos alimentares relacionados com a visão.
Sendo rara a deficiência de Vitamina E, a sua carência pode ocorrer em pessoas com má absorção de gordura, defeitos genéticos específicos ou quando expostas a malnutrição severa. A hipovitaminose severa resulta em anomalias neuromusculares, miopatias e pode comprometer vários aspetos da resposta imunitária. Os efeitos benéficos da suplementação com Vitamina E relacionam-se especialmente com a prevenção da sua deficiência. No entanto, estão identificados vários casos que beneficiam da suplementação acima das doses recomendadas como, por exemplo, na estimulação da função imunitária (mediada por células T) e na modulação dos processos degenerativos relacionados com envelhecimento na prevenção de doenças crónicas não transmissíveis, como as doenças reumáticas, ou em doentes asmáticos, uma vez que esta vitamina está diminuída nos fluidos das vias aéreas destes pacientes.
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