Ingredientes | Toma Diária: 45 ml Tomas por embalagem: 4 | %VRN |
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Extrato Fluido de Echinacea angustifólia, Equinácia | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Thymus vulgaris, Tomilho | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Ribes nigrum, Groselheira negra | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Drosera rotundifolia, Rorela | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Salvia officinalis, Salva | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Eucalyptus globulus, Eucalipto | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Betula pendula, Bétula | 225 mg | ** |
Extrato Fluido de Própolis | 45 mg | ** |
Informações Complementares
Tomar 15 ml três vezes ao dia (pequeno-almoço, almoço e jantar).
Água; Glicerina (estabilizador); Extrato Fluido de Echinacea angustifólia, Equinácia; Extrato Fluido de Thymus vulgaris, Tomilho; Extrato Fluido de Ribes nigrum, Groselheira Negra; Extrato Fluido de Drosera rotundifolia, Rorela; Extrato Fluido de Salvia officinalis, Salva; Extrato Fluido de Eucalyptus globulus, Eucalipto; Extrato Fluido de Bétula pendula, Bétula; Extrato Fluido de Própolis, Óleo Essencial de Eucalyptus globulus, Eucalipto; Óleo Essencial de Pinus sylvestris, Pinheiro; Óleo Essencial de Thymus vulgaris, Tomilho; Sorbato de Potássio (Conservante).
Agitar antes de abrir. Produto sujeito a depósito. Não exceder a toma diária recomendada. O seu consumo excessivo pode ter efeitos laxativos. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Não se recomenda a utilização deste produto em caso de gravidez e aleitamento. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças.
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Principais Ingredientes
O género Echinacea pertence à família Asteraceae e compreende um pequeno número de espécies de plantas nativas da América do Norte, entre elas a Echinacea Purpurea, com uma longa história de utilização para fins terapêuticos.
Tradicionalmente, a Equinácea era descrita como um agente “anti-infeccioso” e era utilizada em infeções bacterianas e virais, septicémia, condições da pele, na cicatrização de feridas e amigdalite.
O interesse atual no uso medicinal da Equinácea foca-se nos seus efeitos imunomoduladores, particularmente no tratamento e prevenção de constipações comuns e outras infeções do trato respiratório superior.
As preparações com Equinácea atuam a vários níveis na estimulação da resposta imune, devido ao seu conteúdo em polissacarídeos. Desde ativação dos macrófagos que eliminam microorganismos invasores do organismo humano, pelo aumento da resistência dos linfócitos (células protetoras do sistema imunitário) e estimulação da produção de citocinas – mediadores químicos que atuam na atividade imune no nosso organismo. Tem, ainda, capacidade de ativação de leucócitos polimorfonucleares, células NK e alterações nos leucócitos T e B.
É consensual entre os estudos que a Equinácea é eficaz na redução da duração e gravidade dos sintomas, embora entre os seus compostos ativos identificados, não seja completamente conhecido o mecanismo de ação, biodisponibilidade, potência e sinergias.
Para além disto, esta planta tem atividade antiviral, antibacteriana, antifúngica e potencial anti-inflamatório, hepatoprotetor e antimutagénico.
Bibliografia
1. Joanne Barnes, Linda A Anderson, Simon Gibbons JDP. Echinacea species (Echinacea angustifolia (DC.) Hell., Echinacea pallida (Nutt.) Nutt.,Echinacea purpurea (L.) Moench): a review of their chemistry, pharmacology and clinical properties. J Pharm Pharmacol. 2005;57(8):929-954. doi:10.1211/0022357056127
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3. Hu C, Kitts DD. Studies on the antioxidant activity of Echinacea root extract. J Agric Food Chem. 2000;48(5):1466-1472. doi:10.1021/jf990677+
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5. Percival SS. Use of echinacea in medicine. Biochem Pharmacol. 2000;60(2):155-158. doi:10.1016/S0006-2952(99)00413-X
O Tomilho (Thymus vulgaris) é uma planta da família Lamiaceae, originária do Sul da Europa, com distribuição mundial.
Tem sido utilizada há vários séculos como aromatizante na culinária e na fitoterapia. Usualmente, em infusões, esta planta é usada para tratar a tosse, diabetes e infeções respiratórias e sob a forma de xarope para tratar perturbações digestivas e infeções do trato gastrointestinal.
Também é calmante para dor de garganta, tem propriedades antiséticas, antimicronianas (bacteriana, viral, fúngica), devido ao seu conteúdo em essências como timol e carvacrol.
O Tomilho tem sido tradicionalmente usado para o tratamento de doenças respiratórias, incluindo tosse e bronquite, uma vez que estudos em animais identificaram propriedades antiespasmódicas e antitússicas dos seus constituintes, para além de ação broncodilatadora, estimulante da motilidade dos cílios que deslocam o muco para a parte superior da traqueia para depois ser removido pela tosse. Portanto, reforça a excreção de secreções e a expetoração.
A literatura descreve que os extratos de Tomilho têm atividades anti-inflamatórias, pois reduzem a produção e expressão génica dos mediadores pró-inflamatórios e aumentam a expressão de anti-inflamatórios.
Os constituintes fitoquímicos do Tomilho incluem flavonoides, compostos fenólicos, terpenoides e principalmente timol, carvacrol, eugenol e saponinas, por isso é descrito como tendo capacidade antioxidante.
Ainda assim, são necessários mais estudos clínicos e patológicos para explorar o potencial terapêutico desta planta e para aferir a dosagem específica da mesma.
Tendo isto em conta, foram estabelecidas doses máximas de 10 g de Tomilho por dia, para que não haja o risco de toxicidade, cuja sintomatologia poderá afetar o sistema gastrointestinal.
Bibliografia
1. Nikolić M, GlamoĊlija J, Ferreira ICFR, et al. Chemical composition, antimicrobial, antioxidant and antitumor activity of Thymus serpyllum L., Thymus algeriensis Boiss. and Reut and Thymus vulgaris L. essential oils. Ind Crops Prod. 2014.
2. Basch E, Ulbricht C, Hammerness P, et al. Thyme (Thymus vulgaris L.), thymol. Journal of Herbal Pharmacotherapy. 2004.
3. Kuete V. Thymus vulgaris. In: Medicinal Spices and Vegetables from Africa: Therapeutic Potential Against Metabolic, Inflammatory, Infectious and Systemic Diseases. 2017.
4. Franova S, Nosalova G, Mokry J. Phytotherapy of cough. Advances in Phytomedicine. 2006.
5. Braga PC, Dal Sasso M, Culici M, et al. Anti-inflammatory activity of thymol: Inhibitory effect on the release of human neutrophil Elastase. Pharmacology. 2006;77(3):130–6.
6. Hossain MA, AL-Raqmi KAS, AL-Mijizy ZH, et al. Study of total phenol, flavonoids contents and phytochemical screening of various leaves crude extracts of locally grown Thymus vulgaris. Asian Pac J Trop Biomed. 2013.
É uma fonte de vitamina C e de antioxidantes que contribuem para o retardo do envelhecimento das células. Além de ser um anti-inflamatório natural tem uma função estrutural ao auxiliar na produção de ceramidas.
Está repleta de ácidos gordos rejuvenescedores, tais como Ómega 3 e 6, bem como açúcares, vitaminas e polifenóis que ajudam a nutrir, hidratar e tonificar a pele.
Atua positivamente no metabolismo, diminuindo os sintomas da dermatite atópica e outros problemas de pele provocados por secura, descamação e vermelhidão. É um excelente ingrediente ativo vitamínico, vaso protetor, que aumenta a resistência capilar e reduz a permeabilidade, melhorando a micro circulação.
Bibliografia
1. Garbacki N, Angenot L, Bassleer C, Damas J, Tits M. “Effects of prodelphinidins isolated from Ribes nigrum on chondrocyte metabolism and COX activity”. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol. 2002 Jun;365(6):434-41. Epub 2002 Apr 26
2. Declume C. “Anti-inflammatory evaluation of a hydroalcoholic extract of black currant leaves (Ribes nigrum)”. J Ethnopharmacol. 1989 Nov;27(1-2):91-8
3. Costantino L, Albasini A, Rastelli G, Benvenuti S. “Activity of polyphenolic crude extracts as scavengers of superoxide radicals and inhibitors of xanthine oxidase”. Planta Med. 1992 Aug;58(4):342-4
A rorela é uma planta carnívora que parece com uma flor de pétalas vermelhas, e que ajuda no tratamento de problemas respiratórios e também problemas ligados ao sistema urinário. O seu nome científico é Drosera rotundifolia e é típica dos países do hemisférios Norte.
É conhecida por ajudar a aliviar sintomas de problemas respiratórios, especialmente tosse. Por isso, é considerada expectorante e é indicada em casos de asma, rinite, coqueluche, bronquite, laringite e tosse seca ou aguda.
Ainda, na composição da rorela há grande presença de antioxidantes, como flavonoides. Por isso, pode promover o fortalecimento da imunidade e impedir que doenças inflamatórias prejudiquem o organismo.
Bibliografia:
1. Schilcher H, Elzer M. Drosera (Sundew): A proven antitussive. Zeitschrift für Phytotherapie. 1993;14(50):4.
2. Paper D.H., Karall E., Kremser M., Krenn L. Comparison of the anti-inflammatory effects of Drosera rotundifolia and Drosera madagascariensis in the HET-CAM assay. Phytother. Res. 2005;19:323–326.
3. Durechová D., Kacániová M., Terentjeva M., Petrová J., Hleba L., Kata I. Antibacterial activity of Drosera rotundifolia L. against gram-positive and gram-negative bacteria. J. Microbiol. Biotechnol. Food Sci. 2016;5:20.
A sálvia é uma planta medicinal da espécie Salvia officinalis, indicada para auxiliar no tratamento de azia, úlceras, reumatismo ou diabetes, pois é rica em substâncias com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e hipoglicemiante.
A sálvia é indicada para auxiliar no tratamento de:
• Azia, má digestão ou úlceras no estômago;
• Diarreia ou excesso de gases intestinais;
• Suor excessivo;
• Reumatismo ou gota;
• Doença de Alzheimer;
• Inflamações na mucosa da boca e da faringe;
• Lesões ou inflamações na pele;
• Falta de apetite;
• Colesterol ruim ou triglicerídeos altos.
Além disso, a sálvia pode ajudar no tratamento da diabetes, pois devido ao seu efeito hipoglicemiante e antioxidante, pode ajudar a diminuir os níveis de açúcar no sangue.
A sálvia possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, analgésicas, antimicrobianas, cicatrizantes, hipoglicemiante, antilipidêmico e estimulantes da memória e concentração, devido aos compostos fenólicos, flavonoides, esteróis e terpenos na sua composição.
Bibliografia:
1. Miura K., Kikuzaki H., Nakatani N. Apianane terpenoids from Salvia officinalis. Phytochemistry. 2001;58:1171–1175.
2. European Medicines Agency . European Medicines Agency; London: 2009. Community Herbal Monograph on Salvia officinalis L., Folium.
3. Badiee P., Nasirzadeh A.R., Motaffaf M. Comparison of Salvia officinalis L. essential oil and antifungal agents against candida species. J Pharm Technol Drug Res. 2012;1:7.
4. Capek P., Hríbalová V. Water-soluble polysaccharides from Salvia officinalis L. possessing immunomodulatory activity. Phytochemistry. 2004;65:1983–1992.
5. Veličković D.T., Ranđelović N.V., Ristić M.S., Veličković A.S., Šmelcerović A.A. Chemical constituents and antimicrobial activity of the ethanol extracts obtained from the flower, leaf and stem of Salvia officinalis L. J Serb Chem Soc. 2003;68:17–24.
6. Wang M., Li J., Rangarajan M. Antioxidative phenolic compounds from Sage (Salvia officinalis) J Agric Food Chem. 1998;46:4869–4873.
O óleo essencial das folhas do Eucalipto, possui efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, por este motivo, tem sido usado na medicina popular para o tratamento de várias condições como a febre, constipação, gripe e afeções brônquicas, como asma, bem como para rigidez e nevralgia.
As suas propriedades farmacológicas devem-se à riqueza do seu óleo essencial, em cineol, macrocarpais, monoterpenos, alcalóides, eucaliptina, fenóis, flavonóides, ácido oleanólico e taninos. Sendo que a sua constituição varia de acordo com a espécie e origem da planta.
Os seus compostos ativos, nomeadamente, limoneno, pineno e cineol apresentam capacidade antimicrobiana (antifúngica e antibacteriana), por este motivo as folhas do Eucalipto também são usadas no tratamento de infeções, pneumonia, bronquite e dor de garganta.
Estudos in vitro e em animais também demonstraram a capacidade dos seus compostos ativos no controlo da glicémia.
Para além disto, possui capacidade de atuar como um anti-histamínico e capacidade antioxidante.
Bibliografia:
1. Silva J, Abebe W, Sousa SM, Duarte VG, Machado MIL, Matos FJA. Analgesic and anti-inflammatory effects of essential oils of Eucalyptus. J Ethnopharmacol. 2003. doi:10.1016/j.jep.2003.09.007
2. Dhakad AK, Pandey V V., Beg S, Rawat JM, Singh A. Biological, medicinal and toxicological significance of Eucalyptus leaf essential oil: a review. J Sci Food Agric. 2018. doi:10.1002/jsfa.8600
3. Hutchings A, Scott AH, Lewis G CA. Zulu medicinal plants: an inventory. Choice Rev Online. 1997. doi:10.5860/choice.34-6265
4. Dawoud ADH, Shayoub MEH SS. Effects of ethanolic leaf extract of Eucalyptus camaldulensis on oral glucose tolerance test in Type-2 Model diabetic rats. J Netw Commun Emerg Technol. 2015;2(2):6-8.
5. Sahin Basak S, Candan F. Chemical composition and in vitro antioxidant and antidiabetic activities of Eucalyptus camaldulensis Dehnh. essential oil. J Iran Chem Soc. 2010. doi:10.1007/BF03245882
A bétula, também conhecida como vidoeiro, é uma árvore caduca amplamente utilizada na fitoterapia pelas suas propriedades medicinais. Provavelmente, já se cruzou ou até tem uma muito perto de si, pois a bétula encontra-se geograficamente distribuída por quase toda a Europa, centro e norte da Ásia, sendo que em Portugal, é comummente encontrada nas terras altas do centro e norte.
Como planta medicinal, é tradicionalmente conhecida como depurativo, diurético, anti-reumático e anti-inflamatório renal.
As partes da árvore utilizadas para fins terapêuticos são a seiva, casca e folhas (secas). Pode ser usada na forma de infusão, sumo, cápsula ou óleo essencial, sendo encontrada facilmente encontrada na forma de suplemento simples ou composto. Estas estruturas, e sobretudo as folhas secas, são ricas em princípios activos com importante impacto na saúde humana, a saber: flavonóides (hiperósido e derivados da quercetina), taninos, óleo essenciais e leucoantocianidinas, ácido ascórbico, ácidos fenólicos, saponinas e minerais.
Esta composição faz da bétula uma importante planta medicinal, com propriedades depurativas e purificadoras (eliminação de toxinas do organismo), diuréticas (eliminação de líquidos, mas sem irritação rins), protectoras das vias urinárias (rins e bexiga), anti-inflamatórias, antioxidantes, antissépticas (prevenção de infecções urinarias) e, ainda, com acção estimulante da digestão e tónica.
A bétula ou vidoeiro está, deste modo, recomendada para a prevenção ou auxílio no tratamento de doenças e sintomas como:
• Emagrecimento e celulite, pois promove a eliminação de toxinas e é ligeiramente inibidor do apetite;
• Infecções do trato urinário (pielonefrites, uretrites, cistites…);
• Gota (ácido úrico sanguíneo elevado);
• Ureia elevada;
• Retenção de liquidos (edema) e sensação de pernas inchadas (venotónico);
• Prevenção de litíase renal (cálculos nos rins);
• Doenças reumáticas (especialmente para uso externo);
• Inflamação hepática;
• Artrite reumatoide e flebites.
Bibliografia:
1. Németh K, Plumb GW, Berrin JG, et al. Deglycosylation by small intestinal epithelial cell beta‐glucosidases is a critical step in the absorption and metabolism of dietary flavonoid glycosides in humans. Eur J Nutr. 2003;42(1):29‐42.
2. Rastogi S, Pandey MM, Rawat KSA, Medicinal plants of the genus Betula–traditional uses and a phytochemical‐pharmacological review. J Ethnopharmacol. 2015;159:62‐83.
3. 4. Al-Snafi A.E. The medical importance of Betula alba- an overview. J. Pharm. Biol. 2015;5:99–103.
4. Costea T., Vlase L., Ancuceanu R.V., Dinu M., Olah N.K., Popescu M.L., Gird C.E. Chemical composition, antioxidant activity and phytotoxic properties of silver birch leaves. Rom. Biotechnol. Lett. 2016;21:11527–11538.
Própolis é um produto resinoso acastanhado coletado por abelhas, de diferentes exsudados vegetais, e transformado pela saliva e enzimas das mesmas num composto rico em substâncias ativas com ações farmacológicas.
Devido às suas propriedades terapêuticas relatadas há vários séculos e ao facto de ter baixa toxicidade, não havendo relatos de efeitos adversos, este composto tem sido bastante usado na medicina tradicional.
No entanto, só mais recentemente tem despertado o interesse dos investigadores devido às suas inúmeras propriedades terapêuticas, tais como anti-inflamatória, cicatrizante, antioxidante, antimicrobiana (antifúngica, antibacteriana e antiviral), anestésica, anti-ulcerosa, anticancerígena, citotóxica, anti-herpes e anti-HIV. Para além dos seus benefícios na redução do colesterol e da pressão arterial.
Em geral é composta por 50% de resina e bálsamo, 30% de cera, 10% de óleos essenciais e aromáticos, 5% de pólen e 5% de várias outras substâncias.
Até ao momento, já foram identificados mais de 200 constituintes químicos, entre os quais: algumas vitaminas (B1, B2, B6, C, E) e minerais (manganês, ferro, cálcio e alumínio), esteroides, terpenoides, aminoácidos e compostos fenólicos. No entanto, a quantidade destes compostos varia de acordo com fatores ambientais, a geografia e a origem botânica, e por isso a sua ação biológica também será variável.
Sabe-se que a ingestão de flavonoides interfere em diversos processos fisiológicos, e auxilia na absorção e na ação de vitaminas, por atuarem nos processos de cicatrização, como antioxidantes, além de apresentarem atividade antimicrobiana. Esta atividade é expressa através de uma ação direta sobre microrganismos e indireta através da estimulação do sistema imunitário.
A sua atividade imunomoduladora deve-se aos seus efeitos na produção de anticorpos e em diferentes células do sistema imunológico, envolvendo a resposta imune inata e adaptativa. Possui ação estimulante na atividade das células natural killer que exercem a sua citotoxicidade contra células tumorais e na ativação dos macrófagos que realizam fagocitose de agentes patogénicos.
O extrato de Própolis tem sido, atualmente, aplicado em fórmulas para síndromes gripais e preparações cosméticas para cicatrização de feridas e queimaduras, acne, herpes e gengivite.
Bibliografia:
1. Oliveira KA de M, Oliveira GV de, Batalini C, Rosalem JA, Ribeiro LS. Atividade antimicrobiana e quantificação de Flavonoides e Fenóis totais em diferentes extratos de Própolis. Semin Ciências Biológicas e da Saúde. 2013;33(2):211-222. doi:10.5433/1679-0367.2012v33n2p211
2. Sforcin JM. Propolis and the immune system: a review. J Ethnopharmacol. 2007;113:1-14. doi:10.1016/j.jep.2007.05.012
3. Castaldo S, Capasso F. Propolis, an old remedy used in modern medicine. Fitoterapia. 2002;73(1):1-6. doi:10.1016/S0367-326X(02)00185-5
4. Wagh VD. Propolis: A wonder bees product and its pharmacological potentials. Adv Pharmacol Sci. 2013:1-11. doi:10.1155/2013/308249
5. Toreti VC, Sato HH, Pastore GM, Park YK. Recent progress of propolis for its biological and chemical compositions and its botanical origin. Evidence-based Complement Altern Med. 2013:1-13. doi:10.1155/2013/697390
6. Lotfy M. Biological activity of bee propolis in health and disease. Asian Pacific J Cancer Prev. 2006.
7. Bankova V, Popova M, Trusheva B. Propolis volatile compounds: Chemical diversity and biological activity: A review. Chem Cent J. 2014;8(28):1-8. doi:10.1186/1752-153X-8-28
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